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Desporto

Nacional de futebol sub-17: Cantareira contra venda de bilhete e escolha do estádio Adérito Sena para jogos

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A venda de ingressos para o campeonato nacional de futebol sub-17 está a afastar o público do estádio Adérito Sena, palco escolhido para aos jogos de uma pool e a final da prova, na perspectiva de Carlos “Punez” Lima, presidente do clube Cantareira. A própria escolha do referido campo para acolher a competição foi, no entendimento desse dirigente, uma má aposta devido ao “enorme” tamanho do rectângulo de jogo, que, diz Punez, exige mais esforço físico a atletas que estão acostumados a competir em espaços mais pequenos.

“Estou indignado com estas medidas porque estão a ter efeitos negativos. Há crianças que estão de féria e querem acompanhar os jogos, mas são impedidas de entrar no estádio porque não têm cem escudos para comprar o bilhete. Praticamente não há público e isto prejudica, neste caso, o Cantareira, que joga em casa, sem o suporte dos adeptos”, denuncia Punez.

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Dada a “grande” distância entre o relvado e as bancadas do “Adérito Sena”, em comparação com os espaços usados por esse escalão, os jogadores, segundo essa fonte, não sentem a energia e incentivo do público. Algo que, acrescenta, não aconteceu, por exemplo, na final do campeonato regional de S. Vicente sub-17, na partida entre o Cantareira e o Batuque, que aconteceu no Centro de Estágio da FCF. Pelas suas contas, o encontro teve lotação esgotada com a presença de, pelo menos, duas mil pessoas. Isto porque, alega, a entrada era livre.

A mesma coisa poderia acontecer no nacional sub-17, caso, na opinião de Punez, a organização tivesse facilitado o acesso dos adeptos do futebol ao estádio, em particular os jogadores dos escalões de formação. “Não sei dizer se foi uma medida da associação de S. Vicente ou da federação, mas o certo é que, quando realizaram o nacional na cidade da Praia, a entrada era livre e isso levou mais gente aos campos. Assim sendo, tenho as minhas dúvidas se a decisão é da federação”, especula Punez.

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Confrontado com as críticas, César Lima nega especificar se a medida partiu da associação ou da federação, mas deixou claro que não cabe ao clube Cantareira dizer como a organização deve funcionar e tão pouco o campo a ser escolhido. “Nunca a Associação de Futebol de S. Vicente ou a FCF imiscuíram na gestão do Cantareira pelo que esperamos a mesma postura do clube em relação ao nosso trabalho”, começa por frisar o presidente da ARFSV, realçando que tanto o piso do Centro de Estágio como o do estádio Adérito Sena tem as medidas regulamentares aprovadas pela FIFA, embora o relvado do primeiro seja um pouco mais pequeno. Além disso, Lima salienta que as provas nacionais desse escalão devem acontecer num campo com as medidas do estádio Adérito Sena.

No tocante ao campeonato nacional, que entrou nas meias-finais, o Cantareira defronta a equipa da Esperança de Calheta, de Santiago Norte, amanhã à tarde, com o foco na vitória. Segundo Punez, o clube marcou esta época 53 golos e sofreu apenas 3, dados que comprovam a grande performance dos jogadores e da equipa técnica, pelo que o objectivo está bem traçado. O segundo jogo coloca em campo as equipas do Efiz, do Sal, e ABC Patim, da ilha do Fogo.

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O campeonato está a ser acompanhado por Jorge “Djodje” Conceição, técnico da selecção de Cabo Verde de sub-17, para quem as equipas têm revelado um nível competitivo bastante aceitável, tendo em conta o número de jogos realizados nas provas regionais e a própria dimensão do campo. Na sua perspectiva, a prova está a ser uma grande montra para a equipa técnica.

KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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2 Comentários

  1. Dos levion ja topa agora que gaita. Punez e Tchey.
    coisa boa ca ta bem sai da li.
    E ot cosa. Onde que ta escrito que jogo de sub-17 tem quer ser feito na estadio Sr Tchey? E bo tambem Sr Punez. Mnins ca tem 100 escudos pa entra num jogo. Mas se for pa qualquer asneira dnher ta parce rapid nera ?

  2. PUNEZ diz que é contra a “VENDA DE BILHETES” (por 100$00) e contra “JOGOS NO ADÉRITO SENA”, acrescentando entretanto que não sabe se tais decisões partiram da FCF ou da ARFSV. Fundamentou a sua posição dizendo que muitas crianças não conseguem pagar esse valor e que a dimensão do Adérito Sena é muito grande para crianças adolescentes.

    É facil de ver que qualquer um pode discordar ou conordar com ele porque, independentemente de ter razão ou não, ele afirmou e fundamentou o que disse. Ele forneceu matéria entendível, o que proporciona condições para se poder dar uma resposta também útil e construir um diálogo.

    Mas vejam só, as reações do CÉSAR LIMA:

    1) Nega esclarecer ao jornalista e às pessoas, se a medida partiu da FCF ou da ARFSV.
    2) Afirma que não aceita as opiniões do PUNEZ porque, a ARFSV nunca se imiscuiu na gestão do Cantareira.

    Analizemos estas duas reações:

    – Duas reações que não têm nada a ver com as preocupações levantadas pelo PUNEZ.
    – Demonstram simplesmente fallta de argumentos.
    – Não contribuem para o diálogo e esclarecimento das coisas.

    Falta de argumentos porque se tivesse argumentos, responderia ao assunto em concreto.

    Foge do assunto devido à incapacidade de reconhecer que errou, e que a sua gestão tem sido incapaz de trazer algo de substancial com acções de fundo para a evolução do futebol em S.Vicente.

    Alguma arrogância ao achar que não tem explicações a dar aos amantes do futebol.

    Fragilização das condições de diálodo porque, se um fala “pau”, e o outro responde”pedra”, ningém se vai poder entender com ninguém porque, não haverá NADA para se discutir.

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