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Eliminado da CAN, Cabo Verde regressa à casa com “cara levantada”, segundo adepto Hélder Miranda

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A seleção de Cabo Verde foi eliminada da CAN pelo Senegal, numa partida em que a equipa treinada por Bubista jogou com nove jogadores durante a maior parte dos nonventa minutos. Os Tubarões-Azuis, que foram para esse jogo dos oitavos-de-final com potência reduzida devido a uma infeção alimentar que atingiu 14 futebolista, viram Patrick Andrade e Vozinha serem expulsos com cartolina vermelha directa. Patrick logo no minuto 20 devido a uma falta dura que cometeu e que ditou a sua expulsão após o juiz argelino Laulou Benbraham recorrer ao vídeo-árbitro; Vozinha teve o mesmo destino na sequência de um choque com Sádio Mané, logo nos primeiros instantes do reinício da partida. De novo, o árbitro foi tirar as dúvidas ao VAR.

Apesar do pendor atacante do Senegal – que levou a bola ao poste da baliza defendida por Vozinha logo no primeiro minuto -, os pupilos de Bubista conseguiram aguentar o empate até o intervalo. Porém, no segundo período, quando C. Verde tinha nove jogadores, o Senegal marcou o primeiro golo por intermédio de Sádio Mané, num lance em que os Tubarões-Azuis pediram marcação de falta sobre Ryan Mendes. Após analisar o VAR, o árbitro validou o lance.

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A perder por uma bola e desfalcado, Cabo Verde correu o campo para evitar um segundo golo e, sempre que possível, tentava conseguir o empate. Ao cair dos 90 minutos, os jogadores arriscaram o tudo ou nada e ensaiaram um ataque colectivo. “Invadiram” o meio-campo adversário, mas o Senegal recuperou o esférico, partiu em contra-ataque e Dieng concretizou o segundo tento.

Para o adepto cabo-verdiano Hélder Miranda, a selecção cabo-verdiana regressa à casa com a cara levantada. “Posso até dizer que fomos superiores ao Senegal, se levarmos em conta que jogamos com nove jogadores a maior parte do tempo. E nos últimos minutos Cabo Verde levou a bola até a área do Senegal com alguma facilidade. Acredito que, se não fossem essas duas expulsões poderíamos ganhar o jogo”, comenta esse adepto natural da ilha de Santo Antão.

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Na perspectiva de Hélder Miranda, o árbitro teve influência directa no desenrolar da partida, principalmente quando aplicou a cartolina vermelha ao guarda-redes Vozinha. “Estava à espera que ele levasse a bola para o meio-campo e a atirasse ao ar. Desta forma não iria tomar partido para nenhum dos lados”, entende Miranda, para quem Cabo Verde deu mostras da qualidade do seu futebol, apesar dos casos de infeção alimentar que afectaram vários atletas.

Da parte do Senegal, Chér Bbow gostaria que o jogo fosse disputado 11 contra onze, e não com o desequilíbrio registado. “O jogo teria mais emoção”, frisa o comerciante senegalês.

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Questionado se o juiz teve interferência no jogo, Chér respondeu positivamente. A seu ver, Patrick não deveria ser expulso. Já quanto a Vozinha, concorda com a decisão do árbitro.

Mesmo assim, Chér gostou do jogo e de ver o Senegal continuar a sua trajectória na CAN. A sua esperança é que a sua equipa consiga conquistar a taça.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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