Os atletas cabo-verdianos Raflino Andrade e Júnior Soares lamentaram há momentos a morte de Alfredo Quintana, guarda-redes do FC Porto e da seleção portuguesa de andebol. Segundo Raflino, teve a oportunidade de jogar com Quintana durante meia época na equipa do Porto e aprendeu a reconhecer nele uma autoridade em campo e uma pessoa humilde e amável nos balneários.
“Aprendi muito com ele, com as chamadas de atenção e conselhos que me deu”, frisa Rafa, como o ex-esquerdino do Atlético Clube do Mindelo é conhecido, para quem Quintana era um jogador de se tirar o chapéu.
Rafa, que este ano transitou para o plantel de Povoa, admite que foi dificil acreditar que o jogador de origem cubana faleceu. Soube que ele sofrera uma paragem cardíaca, mas confessa que não estava à espera desse desfecho trágico.
A mesma reação teve o guarda-redes Júnior Soares, que conheceu Quintana durante o estágio da seleção de Cabo Verde para o Mundial do Egipto em Portugal. Para ele, conviver esses momentos com o internacional português foi a realização de um sonho. Júnior, defensor do Atlético do Mindelo, confessa que ficou surpreso ao saber do problema cardíaco sofrido por Quintana, atleta de alta competição. “Acreditei que ele iria superar esse momento, mas hoje chegou a triste notícia da sua morte. O andebol mundial perdeu um dos melhores guarda-redes da actualidade”, considera o atleta cabo-verdiano, para quem o malogrado deixou o seu legado na história do andebol. “Partiu fisicamente, mas as lendas nunca morrem.”
A morte do internacional de 32 anos foi noticiada pelos diversos órgãos de comunicação social portuguesa. Para o jornal Público, o andebol luso sofreu uma “derrota inultrapassável” com o falecimento do guarda-redes. Adianta esse online que Quintana não resistiu à paragem cardiorrespiratória de que foi vítima há quatro dias, quando se preparava para iniciar um treino no Dragão Arena, e faleceu no Hospital de São João, no Porto.