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Samba apresenta figuras de destaque: Dupla Leila e Ednilson concretiza sonho antigo como Porta-bandeira e Mestre-sala de “grupo do coração”

O Samba Tropical viveu ontem à noite na sua quadra de ensaio um momento que, conforme o presidente do grupo, só é suplantado pelo desfile de segunda-feira à noite: a passagem do estandarte da escola para o casal Porta-bandeira/Mestre-sala e apresentação da Rainha da Bateria, o coração da batucada “Majestosa”. O grupo, que antecipou esse acontecimento devido ao show da Ligoc marcado para hoje à noite, apostou na prata da casa e concedeu a Leila Leite e Ednilson Aguiar a oportunidade de realizarem o sonho de desfilar juntos como as principais figuras de destaque desse emblemático grémio.

Como Leila e Ednilson revelam, desde que se conheceram nos desfiles do Samba Tropical que alimentam esse sonho. Por razões diversas, nunca confessaram ao grupo essa grande vontade. Porém, quis o destino que fossem convidados por acaso para assumirem essa honra no desfile deste ano. “Foi um convite surpresa, uma grande coincidência”, afirma Admilson, que fez a sua estreia no Samba em 2000 e tem guardado o seu segredo há exactos 20 anos. “Depois de 20 anos a coisa acontece exactamente na data em que completo 40 anos de idade e o tema do Samba tem a ver com o sonho”, realça Ednilson, que nunca revelou à direcção do Samba o seu desejo. Para ele, ser convidado tem outro peso.

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Carregar a bandeira do Samba Tropical pelas ruas do Mindelo é uma fantasia que acompanha Leila Leite desde criança. Por isso não conseguiu esconder a emoção ao ser apontada como Porta-bandeira. “Samba é a escola do meu coração. Prometo transmitir muita alegria e felicidade no dia 24 porque esse será um sentimento sincero”, diz Leila, que se sente também satisfeita por poder realizar esse plano com o amigo Ednilson, com quem vem alimentando esse velho sonho.

Jéssica Lopes será o coração da batucada Majestosa como rainha da bateria

Coube à passista Jéssica Lopes a responsabilidade de ser o coração da batucada Majestosa como rainha da bateria do Samba Tropical. Figura já conhecida dos mindelenses, Jéssica promete ensaiar com afinco e estar à altura do desafio. “Sou experiente, sim, mas vou ensaiar e tentar inovar porque há sempre espaço para aprendermos coisas novas”, diz essa jovem, que confessa ser uma apaixonada do Carnaval. “Não nasci em Fevereiro por mero erro de cálculo. Não sou do festival (Baia das Gatas) nem de San Jon (São João), a minha época é Fevereiro”, diz com um sorriso no rosto.

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O Samba Tropical, cujo enredo é “Todos os sentidos vão dar ao sonho”, vai desfilar este ano com 1200 foliões enquadrados em 23 alas, algumas vindas do exterior, nomeadamente da Holanda e dos Estados Unidos. O carro alegórico terá 12 metros de comprimento por 8 de altura, a medida máxima permitida, e, segundo Daia Leite, irá usar uma tecnologia que poderá marcar o processo de confecção dos andores em S. Vicente. “Estamos a muar porque o nosso Carnaval está a colocar-nos novos desafios ao nível dos andores, do glamour e brilho dos trajes”, enfatiza o presidente do Samba Tropical.

Este ano o grupo espera desfilar com uma melhor propagação do som. Segundo Daia Leite, a Câmara de S. Vicente assegurou que vai reforçar o sistema sonoro e, por sua vez, o Samba Tropical vai usar um gerador mais potente e de melhor qualidade, que não terá oscilação de energia.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. Há um jornal que insiste em falar nos “5” grupos oficiais, mais o Samba Tropical, como se este não fosse um grupo oficial.
    O Samba é um grupo oficial, com a única particularidade no facto de não entrar na competição.

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