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Mandingas começam “aquecimento”: “Já sentimos o ritmo do Carnaval a pulsar nas veias”

Os mandingas da R. Bote e de Fonte Filipe agendaram uma tarde de convívio para o dia 20 de janeiro que deverá anteceder o primeiro desfile dos dois grupos de animação do Carnaval d’Soncent pela periferia e centro da cidade durante todo o mês de Fevereiro. Até o momento as previsões para a saída dos “guerreiros das saias de sisal” na festa do Rei Momo são animadoras, mas, segundo Tau Rodrigues, a confirmação vai depender de uma segunda reunião que ficaram de fazer com a vereadora Solange Neves talvez ainda hoje. “Fizemos um primeiro encontro com a vereadora, que ficou, entretanto, de passar as informações ao presidente da Câmara de S. Vicente e voltar a encontrar-se connosco para confirmar os apoios que precisamos para as sete-oito semanas de animação pela periferia e cidade do Mindelo”, explica o presidente dos Mandingas da Ribeira Bote, que diz já sentir o ritmo do Carnaval a pulsar nas veias. Por isso acredita na possibilidade de o seu grupo cumprir a tradição e arrastar milhares de pessoas pelas diversas localidades do Mindelo.

Porém, acrescenta Tau, as pessoas devem ter a noção das despesas que cada desfile representa para os mandingas. Como explica, o grupo é obrigado a pagar aos tocadores dos instrumentos de sopro por cada saída, ao DJ que anima o estaleiro antes das partidas do centro da R. Bote, alimentação aos mais de 100 elementos pertencentes ao grupo e o pó negro que utilizam para lambuzar o corpo. Por tudo isso, Tau é de opinião que os mandingas merecem um apoio financeiro da CMSV pelo papel que desempenham naquele que é o maior evento cultural de Cabo Verde – o Carnaval d’Soncent.

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A expectativa do responsável dos mandingas da R. Bote é que vão estar de novo nas ruas. Mas este ano, salienta, os desfiles devem começar impreterivelmente as catorze horas e terminar antes do anoitecer, por indicações da Polícia Nacional. Uma forma de evitar distúrbios à noite e que muitas vezes são atribuídos aos mandingas, com ou sem razão.

KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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7 Comentários

  1. VIVA!!!! Viva Mandindas de Rbera Bote, Mandingas de Fonte Felipe, Mandingas de Monte Sossego, Mandingas de Fonte Fracês, Mandingas d’ Areia Branda, Mandinda Azul, Mandingas de Txam d’Licrim, Etc. Viva todos os mandingas do carnavalde São Vicente.

  2. Mandinga de Rbera Bote é o que mesmo ? Pessoas a pintarem a cara de preto e a dizerem que são mandingas no mundo inteiro é condenado por ser um prática racista que se chama “Blackface”. Em S:Vicente essa pseudo-manifestação atinge limites insanos … de pessoas adultas, pais e mães de família a andarem atrás de gente pintando de preto e com hábitos nada recomendáveis. Só para relembrar esses individuos desfifam com BAC a proteger. Policia de choque a prroteger. Isso diz tudo. E no entanto saem em jornais, TV é claro, tem até “reunião” com Solange que reune uma vez toma recados para ir levar ao presidente e de seguida vem trazer a respsota. Mnininha de mandod e mandigas … ! Estamos bem.

  3. Ao Blackface
    Sugestão: Fica com a tua tabanka e deixa-me com o meu carnaval, pode ser? Peace and love!! Já reparaste que eu nunca me preocupei com a tua tabanka? O carnaval é um desfile por isso assenta como uma luva, a máxima: enquanto o cão ladra, a caravana (o carnaval) passa! Se tomasses isso como exemplo, Cabo-verde seria mais civilizado e com menos crispações mas, tu não consegues livrar-te desta cultura de dor, complexo e ódio. E que fazer se está nas tuas mãos? Até para decidir seguir o exemplo das outras ilhas caboverdeanas… Sair da escravatura é um parto difícil meu!!! Parece um eterno pesadelo. Luta, Luta.

  4. Ó Blackface! Então se eu pintar de branco e dizer que sou Noroeuês, é racismo? Depois diz-se que o preto não tem complexado de inferioridade? Isso é que é racismo, uma pessoa não aceitar ser o que é.

  5. Ao Junior:

    Nada do que você falou contraria o que eu referi antes sobre Mandigas. Vamos repetir então e detalhar talvez:

    1. Mandigas Rbera Bote é um grupo de individuos que para poderem desfilar devem ser escoltados pela Policia. Pois caso contrário há confrontos violentos e ameaças de confrontos com outros grupos violentos urbanos das zonas perifêricas de Mindelo. Isso é FACTO. Pergunto isso é normal ? Isso é cultura ? Isso é deixar de ser escravo ? Isso é deixar a cultura do odio qeu apregoa o Junior ?

    2. Mandingas no geral ninguem sabe de onde veio essa prática. Mas PODEM ter sua origem no “Blackface”.

    Os blackfaces surgiram no começo do século XIX nos Estados Unidos, como uma das atrações dos Minstrel Shows (shows de menestréis ou jograis), que eram bastante populares naquela época.

    Os atores brancos utilizavam carvão de cortiça e outras tintas para pintar os seus rostos de preto, com exceção dos olhos e lábios (estes eram realçados com uma coloração vermelha intensa).

    A intenção era representar personagens afro-americanos, satirizando e ridicularizando de modo extravagante os negros que, normalmente, eram apresentados com personalidades pejorativas (como ignorantes, bêbados, vadios e etc). Além de ajudar a potencializar os estereótipos racistas contra negros os grupos de MANDIGAS SERVEM PARA O QUE EXACTAMENTE ? aH … beber grog em garrafinhas de agua. Fumar padjinha,. snifar coca. Tudo isso é o que acontece “num dia normal” de Mandiga a desfilar. Nada tem de criativo. Nada tem de inovador. Nada tem de criação de arte que sim existe no Carvanal de S.Vicente.

    Ao contrário Junior eu gosto de Carnaval.é mesmo o Maior manifestação cultural de Cabo Verde expressão genuina de um povo. Mandiga é um só um bando de quase-bandidinhos a querem aproveitar o momento

  6. Olá Blackface
    Como é óbvio, não sabes nada sobre os mandingas de S.Vicente. Tudo bocas foleiras, sabemos todos. Mas, deixo-te uma nova sugestão para tanto rancor, ódio e inveja. Consulte um hipnoterapeuta. Se não der certo, vá lá na América, abre as covas e põe toda aquela gente do Blackface no tribunal. Mas como é um país estranho, faz um esforço para não chegar lá logo a matar de boca-bedju em punho, pois sei que vocês não precisam de mandingas nem multidões para praticar essas trivialidades rotineiras. Alguma coisa há-de apaziuar o teu sofrimento. Quem sabe no dia em que te tornares liberto e com os olhos fitos nos horizontes da civilização, possas festejar a tua tabanka, o teu “roba santu” ou o teu “Kotxi pó”, tocar a tua cimboa, tudo com uma alegria genuina, e isso te permitirá deixar de sofrer com o carnaval, ou a vida de S.Vicente. Não sei como te ajudar mais porque sei que o teu problema não é uma questão de inteligência. Se fosse, seria fácil. É uma alma atormentada por manter-se inconscientemente atolada nesse passado que não podes mudar. Mas, podes evoluir. Pensa nisso! Se continuares assim, qualquer dia estarás a fazer análises, estudos e pesquizas sobre o significado, a consistência e a razoabilidade do S.Silvestre de S.Vicente, do Cavala Fresc de S.Vicente, da ventosidade malcheirosa solta por um mindelense, etc, e ficarás sem tempo para te dedicares à tua evolução espiritual e consequentemente à libertação da tua alma. Só te digo. Já se passaram 500 anos mas, não desistas porque a luz lá no fundão -dão -dão do túnel há-de chegar.

  7. Ó Blackface
    Compreende uma coisa tão simples. Não gostas do carnaval de S.Vicente? Xupa limão. Não gostas de S.Vicente? Xupa um limoeiro.

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