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Activista Andredina Cardoso defende reposição da “verdade histórica” da cultura africana na diáspora

A cabo-verdiana Andredina Cardoso defendeu em Portugal uma “verdadeira reposição da história”, com uma filtragem da informação de modo a poder permitir o acesso dos mais novos aos conhecimentos que residem nos seus ancestrais. A activista falava num evento dedicado às celebrações do Dia Mundial da Cultura Africana e do Afrodescente, assinalado este domingo, 24 de Janeiro. 

“A nova geração vive num ambiente que, de certa forma, estimula a procura da sua história e das suas origens. Cada vez mais assistimos a essa procura. Cabe-nos repor a verdade histórica, filtrar a informação e dar acesso aos mais novos aos conhecimentos que residem nos nossos pais avós e bisavós” enfatizou Cardoso.

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Convidada a participar na teleconferência pela “Federacion Internacional de Resistencia Migrante em Espana” (FIRME), Andredina Cardoso abordou questões de preservação da cultura na diáspora. No evento, que decorreu em português, participaram representantes dos cinco países africanos da lusofonia (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe), moderada desde Brasil por uma jornalista afrodescendente e outra espanhola. Contou ainda com vários outros participantes desde Guiné-Equatorial, Benin, Camarões, Bolívia, Colómbia e Cuba.

Ao ser questionada sobre a forma como se deve fazer este trabalho de preservação da cultura dos afrodescentes na diáspora de que falou, Andredina Cardoso considerou que isso acontece semque que haja o reconhecimento da sua importância e desde que haja o ambiente propício, bem como a coragem para se criar as condições necessárias a nível particular e institucional.

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Esta cabo-verdiana na diáspora destacou ainda a importância das plataformas de comunicação e as novas tecnologias que, para ela, são ferramentas extremamente poderosas, permitindo um alcance como nunca antes e que, se bem utilizadas, têm potencial para dar uma contribuição preciosa nesse sentido.

O Dia Mundial da Cultura Africana e do Afrodescendente foi instituído pela UNESCO em 2019 e tratou-se da segunda celebração. A organização do evento, citada pela agência noticiosa (EFE) reconheceu que existe ainda muito que aprender sobre a cultura africana e que a sua promoção torna-se “crucial” para o desenvolvimento do continente africano e para a humanidade no seu todo, constituindo-se assim  “uma fonte valiosa” para o património mundial da humanidade. 

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João A. do Rosário

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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