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Cultura

Acaba a polémica: Assalto de Vindos do Oriente agendado para Sábado à noite

Acabou a polémica em torno do assalto que o Vindos do Oriente pretendia fazer na Segunda-feira à noite, antes ou após o desfile do Samba Tropical. O grupo decidiu contactar a Câmara de S. Vicente e propor que o mesmo aconteça na noite de Sábado, dia 2 de Março, ideia que foi prontamente aceite pela autarquia.

A decisão foi anunciada há momentos pela direcção do grémio após acerto com o presidente da Câmara de S. Vicente. Segundo Lili Freitas, presidente do VO, o edil Augusto Neves prontificou-se a garantir todas as condições logísticas para o desfile dos foliões do oriente. “Já enviamos um email à Ligoc-SV a suspender o pedido para desfilarmos na segunda-feira à noite. Na verdade, precisamos dar uma certeza aos nossos foliões, que já começam a ficar desgastados com tanta polémica e incertezas. Resolvemos deste modo falar com o Presidente Augusto Neves, que concordou com a nossa proposta”, informa Dona Lili.

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Segundo esta dirigente, acaba deste modo toda a polémica em torno da intenção do Vindos do Oriente de desfilar na noite do Samba Tropical, escolha que foi vista por vários quadrantes como provocatória, ou seja, como uma tentativa de diminuir o brilho do desfile dessa tradicional escola de samba. Além disso, acrescenta Freitas, o Carnaval do Mindelo ganha mais um dia de folia no fim-de-semana que antecede o concurso oficial.

“A nossa pretensão foi sempre enriquecer o Carnaval e não desafiar seja quem for. Somos um grupo com responsabilidade, que já deu provas de seriedade e vamos dar essa alegria aos nossos foliões e ao povo de S. Vicente, como prometido”, assegura Lili Freitas.

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A hora do arranque ainda não foi confirmada pela Câmara de S. Vicente, mas o percurso será o tradicional: concentração e arranque a partir da praceta Dom Luís, entrada na Rua de Lisboa, Praça Nova, Avenida Marginal e dispersão no ponto de partida. O show “superstar na Bollywood” vai incluir um trio-eléctrico, batucada com 50 instrumentos, abre-alas, ala de dança, etc. Por enquanto a direcção prefere evitar anunciar um número de participantes, mas inicialmente foi aventada a possibilidade de o assalto envolver perto de mil pessoas.

Relembre-se que a intenção do Vindos do Oriente de sair na “noite” do Samba acendeu um novo rastilho no Carnaval de S. Vicente. Após algum tempo de tensão, a Câmara de S. Vicente negou autorizar o bicampeão de S. Vicente a fazer o seu assalto na segunda-feira, dia 4 de Março, após escutar a opinião dos membros da Ligoc, que se mostraram contra essa ideia. Com base no conteúdo da nota da CMSV datada de 12 de Fevereiro, o Vindos do Oriente entendeu que deveria canalizar o pedido de autorização à Ligoc-SV, enquanto gestora do espaço usado para o desfile oficial, tendo enviado uma carta à Liga nesse sentido. Entretanto, antes de receber a resposta da Liga, o grupo decidiu desistir dessa pretensão e propor fazer o seu show no Sábado à noite, plano que foi logo aceite.

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KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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3 Comentários

  1. E assim Mindelo continua fazendo e mostrando como se faz e Praia vai recebendo 17 000 contos para construção da bancada dum falso carnaval (o único falso carnaval do país porque, contrariamente às outras ilhas, o carnaval da Praia não nasce expontaneamente para a realização da felicidade do povo mas sim, nasce objectivamente para se igualar a Mindelo. Só porque S.Vicente tem, Praia tem que ter). Um carnaval sem verdade e sem alma que, para além de reclamar igualdade com S.Vicente, ainda não teve a coragem de explicar o que motivou a sua criação forçada na década de 1980, com uma falsa e elaborada propaganda feita por istituições do Estado (Jornal Voz di povo e Televisão Nacional), que o levou de imediato a se auto-proclamar como tradição e a querer saltar etapas para em meia dízia de anos de existência duma falsa cultura (cuja versão verdadeira e honesta, ironicamente é sempre criticada a S.VIcente), querer ter tudo o que Mindelo conseguiu em muitos e muitos anos de trabalho e criatividade do seu povo. É estranho. Mindelo faz e Praia pede. Compreende-se e é mais do que justo que o carnaval do Mindelo receba um tratamento especial (aliás, muito especial) em relação às restantes ilhas. Agora o que não se compreende é que Praia queira o mesmo. Será que Praia se considera mais Cabo-verde do que as outras ilhas? Porque é que as bancadas não foram para S.Nicolau ou Sal ou Fogo? Porque é que na sempre TCV tenta-se criar e expalhar a falsa ideia de que no nosso país existem dois carnavais. Um carnaval dos que se ombreiam (os colegas) e que seriam Mindelo e Praia e outro das outras ilhas. Que espírito tão emporcalhado e complexado é este que não consegue reconhecer e aceitar que todos os carnavais caboverdeanos são dignos mas que existem sim dois que são genuínos (S.Nicolau e S.Vicente) em que S.Vicente, por razões óbvias de estruturas acabou por crescer mais, e outro carnaval das restantes ilhas, onde Praia está incluida mas, sequer sendo tão interessante ou verdadeiro como o do Sal. Fala-se muito do bairrismo em Cabo-verde mas é preciso ver que os pricipais promotores de toda essa baixeza no nosso país são os sínicos e hipócritas governantes, que sempre dizem uma coisa e fazem outra, quando de PRAIA se trata. A S.Vicente é prometido um tratamento especial, que inclusiva e pomposamente sai plasmado no Boletim Oficial, com um edital de 7 000 contos e Praia, enraivecida por não ser também alvo de tratamento tão espeial, recebe um apoiozito surpreza de 17 000 contos. Imaginem só se recebesse esse tratamento especial. Por mais que tomem uma decisão ´séria e honesta, ela acaba sempre por ser falsa, porque não conseguem resistir à tentação de transformar este país, numa sucursal da Praia. Que acertos com a histórica Praia ainda anda à procura? Por esse andar Praia pode conseguir tudo o que quer, que nunca vai-se sentir passificada consigo mesma e com o seu passado. DINHEIRO NÃO RESOLVE TUDO!

  2. KKKKK, D. LILI FINALMENTE COMPREENDEU QUE NÃO MANDA NADA EM SV, QUE ESTAVA-LHE A SAIR UM TIRO PELA COLATA E RESOLVEU BAIXAR O NÍVEL DA SUA ARROGÂNCIA E MUDAR O DIA DESSE SEU TAL ASSALTO. MINHA SENHORA, VOCE DEU UM SHOW DE FALTA DE BOM SENSO, MAS PRONTO TODO MUNDO TEM DIREITO A CORRIGIR SEU ERRO.

  3. Não conheço o João Pedro Monteiro e conheço D.Lili só de vista. Mas o J.P. Monteiro quando escreve, parece um cão raivoso e odioso, que só destói por onde quer passar, mesmo num ambiente difícil onde só se quer e se precisa de construir. Se D.Lili errou ao defender os seus interesses, lá vem ele pôr mais lenha na fogueira. É uma inteligência conduzida por uma alma negra e doentia. Como há gente assim neste mundo ingrato!!! Ele nem consegue se auto-ajudar. A não ser se os dois têm algum problema pessoal do passado e ele aproveita esta situação para coverdemente tentar derrubar D.Lili, e de bónus, prejudicar o Vindos do Oriente e o Carnaval midelense.

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