Faleceu esta madrugada em S. Vicente Domingos António Gomes, mais conhecido por “Domingos Bomber”, aos 59 anos. As causas desta morte estão por confirmar, mas tudo indica que se trata de mais uma vítima da Covid-19. Mas ainda não há certeza, tendo em conta que se desconhece o resultado do teste PCR a que foi submetido.
Ao que Mindelinsite conseguiu apurar, Domingos fazia parte dos chamados grupos de risco, tendo em conta que era diabético e sofria de hipertensão arterial. Deu entrada no Hospital Baptista de Sousa na segunda-feira com sintomas de gripe. De imediato, foi submetido a um teste rápido, cujo resultado foi positivo, e posteriormente a um exame PCR. Os resultados deste ainda são desconhecidos. Entretanto, o seu estado de saúde deteriorou rapidamente, tendo sido sinalizado como “um paciente em estado critico” pelo Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doença, Jorge Noel Barreto.
A morte deste bombeiro surpreendeu os colegas e amigos, muitos dos quais sequer sabiam que este estava hospitalizado. O vereador da Protecção Civil, que tutela os BM, conta que há dias que Domingos estava com queixas. No domingo, foi visitado por alguns colegas do quartel. Na segunda-feira, o seu estado de saude piorou e solicitou o serviço de ambulância. Por isso mesmo, às 11 horas de hoje todos os colegas bombeiros vão ser submetidos a testes rápido para despiste da Covid-19.
Já o Comandante-substituto dos Bombeiros Municipais de S. Vicente, Albertino Lima, revela que o clima neste momento no quartel é de consternação e tristeza. “Domingos foi um companheiro de longa data. Integrou o primeiro lote de bombeiros profissionais de S. Vicente, que celebrou no passado mês de fevereiro 36 anos de serviço e era uma pessoa excelente. Neste momento, estava nos demarches para a sua reforma, após 36 anos e 8 meses de serviço nos bombeiros”, conta.
Para além desta sua faceta profissional, Domingos era também conhecido pela sua veia solidaria e por seu activismo desportivo infantil e juvenil. Todos os anos, no inicio do ano lectivo, realizava campanhas de distribuição de kits escolares e equipamentos desportivos, beneficiando sobretudo as crianças das escolas de futebol, com apoio de parceiros no exterior.
Era uma forma de incentivar as crianças e adolescentes a estudar, ao mesmo tempo que praticavam desporto. Também realizava torneios de futebol nos vários escalões para manter as crianças longe das drogas.
