Vereadores da UCID e do PAICV optimistas sobre sucesso da missão técnica enviada pelo Governo para analisar impasse na CMSV
Os vereadores da UCID e do PAICV manifestaram esta manhã o seu optimismo sobre o sucesso da missão técnica enviada pelo Governo para ajudar a resolver o impasse político-administrativo instalado na Câmara de S. Vicente. Segundo o porta-voz Anilton Andrade, foram discutidos dois pontos no essencial no encontro que mantiveram com um técnico do Ministério das Finanças e uma técnica da Coesão Territorial: a anulação das decisões saídas da reunião realizada por Augusto Neves e os 3 vereadores do MpD no dia 2 de janeiro deste ano e o cumprimento do memorando de entendimento, que foi assinado por todas as partes, mas nunca foi aplicado.
“Esta missão peca por tardia, mas mais vale tarde do que nunca, pelo que saudamos esta iniciativa do Governo”, realça Anilton Andrade, para quem os dois aspectos referenciados são facilmente resolvíveis. O vereador eleito pela lista da UCID assegura que houve um bom diálogo com os técnicos vindos da Capital e que o desejo da oposição camarária é que a CMSV volta à normalidade o quanto antes. Assegura que o encontro analisou apenas aspectos técnicos, sem entrar em cenários políticos como a convocação de eleições intercalares, perda de mandato ou afastamento de Augusto Neves do cargo.
Andrade deixou claro que os vereadores da UCID e do PAICV chegaram a fazer duas denúncias ao Governo sobre os problemas instalados na CMSV – uma sobre a situação política-administrativa e a segunda sobre a polémica reunião do dia 2 de janeiro e que é o principal entrave no relacionamento neste momento dentro da equipa camarária.
Sobre o memorando de entendimento, assinado por todos os vereadores, Anilton Andrade diz que a sua implementação nunca ocorreu porque foi trancado numa gaveta por Augusto Neves. “Sobre o memorando, ele não quer cumprir pelo que alguém tem de falar com ele. Poderá haver um entendimento rápido, mas as coisas não andam por teimosia da sua parte”, ou seja do presidente da CMSV.
A missão técnica foi enviada pelo Governo, que solicitou antes algumas informações, nomeadamente as actas das sessões da Câmara convocadas.
