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UCID admite que não quer pelouros para poder fiscalizar a gestão da CMSV com mais liberdade

O líder dos democratas-cristãos António Monteiro admitiu ontem que a UCID gostaria de ficar sem pelouro na CMSV para poder fiscalizar com mais liberdade a gestão do autarca Augusto Neves. António Monteiro voltou a realçar que esse é o principal objectivo politico em relação ao poder municipal em S. Vicente, mas assegurou que, caso Augusto Neves venha a atribuir pelouros e competências aos vereadores da oposição, tal como deixou pressupor no seu discurso de empossamento, a UCID estará pronta a dar o seu melhor.

No entanto, Monteiro deixou claro que o partido não irá aceitar qualquer tarefa, mas sim assumir responsabilidades nas áreas onde entenda que tenha competência politica e técnica. Em jeito de exemplo, Monteiro elucidou que alguns dos pelouros do agrado do partido seriam o Urbanismo, as Finanças e Social. “Nao estamos aqui a pedir nenhum pelouro especifico, agora temos o direito de escolher ou aceitar o que nos oferecem. Queremos deixar claro que a atribuição dos pelouros tem de ser acompanhada da delegação de competências, caso contrario os vereadores irão ficar de mãos atadas”, realça Monteiro, enfatizando ao mesmo tempo que a UCID nao pretende atirar areia na engrenagem da CMSV. 

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Questionado se e verdade que o partido rejeitou uma proposta do MpD para a profissionalização dos três vereadores, em troca da escolha de Lidia Lima para presidente da Assembleia Municipal, Antonio Monteiro deixou claro que isso nao corresponde a verdade. Segundo Monteiro, a UCID manteve tres encontros com Ulisses Correia e Silva (MpD), dois com Janira Almada (PAICV) e um com Nelson Lopes (MIMS) e a questao dos pelouros sequer foi colocada na mesa. “A nossa moeda de troca era assumirmos a presidente da Mesa da Assembleia porque queremos controlar politica os actos da Camara. Acontece que o MpD nao quis abrir mao dessa funcao com o argumento que Lidia Lima foi a mais votada. Sim foi a mais votada, mas nao tem a maioria dos votos dos eleitos”, explicou Monteiro.

Este politico promete uma actuacao neste mandato conforme as necessidades da ilha de S. Vicente. Isto pode implicar, explica Monteiro, ser uma oposicao “branda”, “pujante” ou “rispida”. Este porta-voz assegurou que a UCID vai fazer “tudo” para a alavancagem economica do municipio, mas que jamais vai facilitar ou dificultar situacoes susceptiveis de prejudicar S. Vicente. Assegura que o partido vai estar cem por cento ao servico dos interesses dos municipes da ilha do Monte Cara, sempre preocupada em controlar as politicas emanadas da CMSV.

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Questionado se vai ficar como vereador, Monteiro respondeu que na politica os cenários mudam. No entanto, diz, a sua intenção é cumprir a promessa feita na noite das eleições autárquicas de assumir a vereação. Por outro lado deixou claro que vai concorrer nas eleições Legislativas, um imperativo por ser presidente do partido. Isto significa que quererá continuar a ser deputado nacional.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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