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Televisão acessível para 85% da população em Cabo Verde

Cerca de 85% da população cabo-verdiana tem acesso a uma televisão em casa, indica o relatório sobre as estatísticas do acesso e consumo da Comunicação Social realizada em 2018, mas divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). O estudo, feito por entrevista directa em indivíduos com 15 anos ou mais, abarcou 9.918 agregados familiares seleccionados de forma aleatória e independente, em todos o arquipélago.

Segundo este levantamento, a televisão é o meio de comunicação mais acessível, com 85% da população com acesso a um aparelho em casa. Destes, 24% têm acesso a televisão por assinatura. Segue-se a rádio com 46% da população com acesso em casa.” O acesso ao computador, seja ele portátil (laptop) ou de mesa (desktop) ou tablet/Ipad, tem vindo a aumentar ao longo dos anos e, em 2018, estima-se que 39% da população residia num agregado com pelo menos um computador”, lê-se no documento, que revela ainda que o acesso e a utilização da internet igualmente têm vindo a aumentar.

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Este indicador aumentou de 32% dos agregados familiares com acesso à internet em 2014, para 70% em 2018, sendo que a grande maioria da população tem à internet através dos telemóveis, refere o estudo. Já telefone fixo tende a entrar em desuso, cedendo espaço aos telemóveis: 19% da população têm um telefone fixo e 97% tem um telemóvel.

Meios utilizados para se informar

A televisão é eleita também o principal meio de comunicação para se informar sobre o que se passa no país e no estrangeiro por 82% da população de 15 anos ou mais. Seguem-se as redes sociais com 42%, mas com muito mais expressão entre os mais jovens (66% entre os 15-24 anos). A rádio aparece na terceira posição com 33%; sendo o meio de comunicação mais utilizado pelo público masculino (41%, contra 26% entre as mulheres) e um público mais adulto (44% da população com 45-64 anos).

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 Os jornais online são a preferência de 11% da população, com maior expressão na população urbana (13%, contra 6% da rural), na população masculina (13% contra 9% entre as mulheres) e na população adulta, 25-44 anos (17%). Os jornais impressos foram mencionados de forma espontânea por somente 1% da população. De referir que, quanto a notoriedade dos canais de TV em Cabo Verde, a TCV lidera destacado com 60%. Este relatório indica ainda que as mulheres assistem mais televisão que os homens (73% contra 63%). Contudo ficam menos tempo diário a ver TV.

Um dos objetivos do estudo, diz o INE, era medir o nível de conhecimento da população sobre a Televisão Digital Terrestre (TDT). E os resultados mostraram que 35% da população de 15 anos ou mais ouviu falar do TDT, mas somente 22% soube explicar o que significa. Quanto à rádio, apresenta-se como o terceiro meio de comunicação dos cabo-verdianos, com a RCV a ter maior notoriedade, 39%, entre a população inquirida.

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Como já era previsível, o jornal impresso já não tem expressão como meio de comunicação social. E a prova disso é que mais de metade dos inquiridos não conseguiu mencionar o nome de três jornais impressos. Dos cerca de 17 mil leitores de jornais impressos, 67% lê pelo menos uma vez por semana. Contrariamente, a internet tem vindo a ganhar cada vez mais utilizadores, principalmente a partir de telemóveis ou no local de trabalho (25%) como meio de comunicação, através do acesso a jornais online e redes sociais.

Em 2018, os jornais online mais conhecidos dos cabo-verdianos eram A Nação (25%), A Bola (18%) e Expresso das Ilhas (15%). Quanto a frequência e intensidade de consumo de redes sociais, o estudo indica que cerca de 74% da população acedeu a uma rede sociais nos últimos três meses de 2018, sendo que 44%, principalmente os mais jovens, acederam todos os dias. O estudo revela ainda que, maioritariamente, quem acede às redes sociais são os jovens com idade compreendida entre os 15-24 anos.

Relativamente ao nível de confiança da população nas notícias, os resultados mostram que as televisões são igualmente mais confiáveis (73%). Segue-se as rádios com 66% e as redes sociais com 9%.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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