Ministro Amadeu Cruz fixa prazo de três anos para nova equipa reitoral concluir instalação da UTA 

O ministro da Educação fixou o prazo de três anos para a nova equipa reitoral da Universidade Técnica do Atlântico, empossada ontem em São Vicente, concluir o processo de instalação desta universidade. Amadeu Cruz aproveitou ainda para elencar as prioridades que a gestão tem pela frente para conseguir este desiderato e desafiou os ora empossados a manterem o diálogo com os professores, a comunidade académica e parceiros para que a instituição possa funcionar. 

“Esta equipa reitoral assume funções num momento em que todos desejamos seja de recentragem da implementação da Universidade, após cerca de dois anos de funcionamento num contexto pouco favorável, tanto do ponto de vista das condições internas afectadas pelo arrefecimento das expetativas de desenvolvimento institucional da UTA, como também da conjuntura externa, esta marcada por crises exógenas, nomeadamente: climática, energética, sanitária, de preços internacionais e de segurança e paz, com impactos imprevistos e imprevisíveis na sociedade”, frisou o governante.

As prioridades agora, prosseguiu, passam primeiro pela normalização do processo de instalação da UTA, criando um espírito de diálogo com os professores e com a comunidade académica de uma forma geral, mas também com os parceiros nacionais e internacionais para que se tenha a universidade efectivamente a funcionar. “Mas, para isso, é necessário nomear os membros dos órgãos de gestão da UTA, quais sejam os conselhos Geral, Científico, Pedagógico e de Gestão. Depois é preciso consolidar o Isecmar como a unidade orgânica fundadora e de referência desta universidade”, salienta ainda o ministro Amadeu Cruz, que diz esperar uma diversificação da oferta formativa no Isecmar e a intensificação dos programs de investigação e de formação avançada, designadamente de mestrado e doutoramento.  

Para além destes dois objectivos, o ministro voltou a insistir na necessidade de se criar condições para a instalação e funcionamento dos polos universitários na ilha do Sal e em Santo Antão, que se vão dedicar, por um lado, à formação no domínio da aeronáutica, transportes aéreos, indústria turística e gestão hoteleira na ilha do aeroportos e engenharias no domínio da agricultura, zootecnia, pecuária, recursos hídricos e florestais, na ilha das montanhas. E tudo isso em três anos, um timing que, afirmou, decorre da lei. “Esta nova reitoria tem três anos para concluir o processo de instalação da universidade para, em finais de 2025 e inícios de 2026, a universidade estar em condições de eleger os seus próprios representantes, designadamente o seu reitor.”

Confiante, o novel reitor enfatizou a estratégia de UTA de contribuir para o desenvolvimento económico de Cabo Verde, desta região e do mundo. Uma estratégia que, de acordo com João do Monte, demanda como objectivos a instalação e entrada em funcionamento de todos os órgãos e conselhos da UTA, incluindo o Geral, o de Gestão e os Científicos e Pedagógicos. Ainda das novas unidades orgânicas, nomeadamente do Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias, com sede em Santo Antão, e do Instituto da Indústria Turística no Sal. “Perspectivamos a entrada em funcionamento do primeiro em outubro deste ano e do Instituto de Aeronáutica em outubro do próximo. Também iremos desenvolver negociações com vista a integração na UTA do ISCEE e do M_EIA no menor horizonte temporal possível, para além de outras possibilidades que poderão por ventura emergir”, prometeu. 

João do Monte espera, por outro lado, mobilizar os recursos financeiros para efectivar a transição dos funcionários da antiga faculdade de engenharia e ciências do mar para a UTA e para dotar a universidade de uma politica de desenvolvimento tecnológico e gestão de processos. Igualmente para implementar políticas de apoio estudantil, de fomento à investigação e prestação de serviços, de promoção do ensino à distancia, lá onde esta alternativa for possível e vantajosa. Ainda para alavancar o serviço de gestão de qualidade, avaliação e certificação internacional, beneficiar a infraestrutura do ISECMAR, perspectivando a sua ampliação e a reactivação do restaurante e da residência estudantil. 

O reitor terminou dizendo que, à medida que estes e outros objectivos que  surgirem em função do contexto social e da evolução natural da UTA forem sendo alcançados, irão estender os horizontes e abraçar novos desafios, contando para isso com a colaboração de todos “porque é uma universidade de todos.

Interviram ainda nesta cerimónia, que contou com a presença do Ministro do Mar, representantes de serviços desconcentrados do Estado, participantes do Conselho Alargado do ME que decorre em São Vicente, familiares e convidados, um aluno e um docente da UTA.