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“Logoprint” ameaça processar quem mexeu em cartaz “sem autorização” para substituir por outdoor do Sokols

A empresa Logoprint pretende processar as pessoas que retiraram o cartaz de um cliente junto à rotunda da Rotary Clube em S. Vicente para colocar nesse lugar o outdoor que o movimento Sokols-2017 quer publicar com o rosto dos deputados eleitos por S. Vicente, que votaram a favor do Estatuto Especial da Praia. Segundo o sócio-gerente Gerson Silva, ainda a empresa não apurou se esses indivíduos pertencem a esse grupo activista, mas promete esclarecer esse pormenor e intentar um processo-crime por invasão de propriedade privada. 

Em resposta às críticas do Sokols, que acusa a Logoprint de tentar boicotar a publicação do outdoor por supostas razões políticas, o responsável da empresa explica que mandaram parar os trabalhos porque estavam a mexer nos cartazes colocados nessa área de forma aleatória. Deste modo acabaram por arrancar um cartaz da chapa onde estava colocado com fita autocolante sem a devida precaução e autorização. Por aquilo que Gerson Silva deixa entender, o serviço devia ser feito hoje, e não no Domingo, com o controlo do pessoal da empresa. “Estávamos à espera que nos entregassem a imagem e fizéssemos a aplicação na moldura com o nosso pessoal”, clarifica o gestor, que nega qualquer intenção da empresa em bloquear a publicação do outdoor. 

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Aliás, Gerson Silva faz questão de esclarecer que a Multitons pediu apenas um orçamento de aluguer e colocação do outdoor, tendo esta empresa enviado o comprovativo do pagamento. Este gestor frisa ainda que sequer viram a impressão do cartaz e que normalmente não cobram aos clientes o preço da aplicação na moldura. Só que, no caso, acabaram por querer cobrar esse serviço porque a impressão foi feita por uma outra entidade.

Gerson Silva nega que a sua empresa tenha um acordo de exclusividade do mercado publicitário de outdoor com a Câmara de S. Vicente ou com as de outros municípios. Como explica, a Logoprint paga apenas uma taxa pelo aluguer dos espaços onde tem as suas estruturas. Segundo Silva, há outras concorrentes no mercado e que também publicam os seus trabalhos. “Há, no entanto, normas impostas pelas Câmaras e que temos de respeitar. Por exemplo, não podemos fazer publicidade de bebidas alcoólicas”, especifica esse empresário, para quem o Sokols quer colocar a sua empresa no meio de uma guerra que não é dela.

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“Somos apenas uma empresa privada que presta o seu serviço”, salienta Gerson Silva, que vai agora ver como solucionar o impasse com a Multitons.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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