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Inaugurado Centro para ajudar a língua portuguesa a crescer e a rejuvenescer

O Centro de Língua Portuguesa, inaugurado ontem nas instalações da Faculdade de Educação e Desporto em São Vicente, vai ajudar a língua portuguesa a crescer, a rejuvenescer e a expandir. A afirmação é do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, que presidiu a cerimónia, considerada simbólica, mas de muita importância, tendo em conta que, segundo o vice-reitor da Universidade de Cabo Verde, valoriza a cooperação que a Uni-CV está a desenvolver com as entidades e instituições portuguesa. Já Luís Filipe Tavares, MNE de Cabo Verde, lembrou que é fundamental aprimorar o ensino da língua portuguesa no país, pelo que desafiou a todos a consumi-la de forma descomplexada.

Quase 20 anos depois da inauguração do primeiro Centro de Língua Portuguesa na cidade da Praia, algumas dezenas de pessoas, serviços e instituições sediadas em São Vicente, testemunharam a abertura oficial de um espaço similar nesta ilha. Este resulta, disse o vice-reitor da Uni-CV, António Varela, de um protocolo de cooperação entre o Camões Instituto da Cooperação da Língua Portuguesa e a Universidade de Cabo Verde. “É objectivo do centro, apoiar a nível científico estudantes de licenciatura em língua portuguesa e estudos cabo-verdianos; desenvolver actividades no âmbito da investigação em didática da língua portuguesa e identificar e descrever o lugar desta língua nos programas curriculares; produzir bibliografias e material de apoio que sustenta práticas de divulgação e ensino da língua portuguesa, de entre outros”, explicou António Varela.

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Para isso, o centro dispõe de um acervo bibliográfico nas áreas de literatura infanto-juvenil, didática da língua e da literatura, linguística, literatura de expressão portuguesa, manuais, gramáticas, dicionários e obras generalistas. Financiado pelo Camões Instituto, este centro, agora inaugurado, integra uma rede que já conta com 76 Centros de Língua Portuguesa, presentes em 46 países. É mais um instrumento na promoção da língua e da cultura portuguesa, mas também de dinamização de actividades no âmbito do universo académico e também extensivo à toda a comunidade educativa e ao público desta ilha e da região.

Endossando as palavras do vice-reitor, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares aptou por dirigir-se ao escritor Germano Almeida, que assumiu ser um admirador e divulgador da sua obra, pelo contributo para o enriquecimento da língua portuguesa. Mas também aos alunos, lembrando-lhes que a língua portuguesa é fundamental para o futuro do país. “Queremos ter recursos humanos altamente qualificados e a língua portuguesa é a língua do conhecimento. É a nossa língua e temos de consumi-la de forma descomplexada. O Governo aposta, de forma muito clara, no reforço do seu ensino. Quero aqui dizer ao Instituto Camões, em nome do Governo, que queremos trabalhar convosco no melhoramento do ensino da língua portuguesa em Cabo Verde”, afirmou.

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Do lado de Portugal, o ministro Augusto Santos Silva falou da cooperação bilateral entre o seu país e Cabo Verde, realçando que esta já tem muitas décadas, mas mantém um foco e uma clara prioridade nas questões da educação, capacitação institucional e no apoio ao desenvolvimento económico e social. “Esta é uma cooperação que nos aproxima e que beneficia os dois países. A cooperação é ambos serem parceiros, ajudarem-se e enriquecerem-se reciprocamente. Significa que estamos a trabalhar para as pessoas. Por isso é tão importante termos a educação como uma das áreas desta cooperação. Com a inauguração deste centro damos mais um passo, de muitos que já demos, neste sentido.”

Este governante luso lembrou ainda que o português pertence a todos os países que falam esta língua e que o utilizam como língua oficial na administração pública, na comunicação e ainda como língua do conhecimento e da projecção internacional e global. E são várias centenas de milhões pelo mundo. Aliás, de acordo com a Unesco, prossegue Augusto Santos Silva, o português é uma das três línguas, junto com o inglês e o espanhol, que mais vai crescer nas próximas décadas.

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Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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