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Falta de financiamento ameaça realização de cursos na OMCV em São Vicente

A OMCV em São Vicente dedicou esta semana à conclusão dos cursos oferecidos por esta instituição, no entanto sem data para reabertura de novas inscrições. A falta de financiamento e os custos que cada módulo acarreta fazem com que se torne cada vez mais incerta a frequência da realização destas iniciativas nesta organização. “Estamos à procura de novos financiamentos e esperançosos que iremos encontrar.  Temos um grande número de pessoas na lista de espera e percebemos que a oferta destas formações que oferecemos tem sido insuficiente para o número de procura no mercado”, expõe Fátima Balbina.

Esta semana, esta ONG entregou certificados a mais de quarenta jovens em três cursos realizados na instituição. Na quarta feira, os anfitriões foram os alunos de Serviços de Andares e Hoteleira, que viram o esforço recompensado com a conclusão desta fase.  Na quinta, as alunas da formação de Beleza e Estética entraram em cena e ontem à tarde mais 15 jovens foram certificados em Cozinha e Restauração e Mesa, Bar e Cocktails.

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A delegada da instituição ressalta os desafios que a OMCV enfrenta para ajudar a qualificar mão-de-obra para o mercado de trabalho, sendo um processo que “exige dedicação dos diversos formadores e custos que outras instituições de formação também não conseguem arcar”. Sublinha, entretanto, que os custos não são maiores “porque todos os colaboradores da OMCV se empenham na realização das formações, além dos formadores que abrem mão de um salário”.

Em relação aos próximos módulos, garantiu na cerimónia que todos os frequentadores deverão passar pelo estágio curricular em locais de hospedagem e de refeição. Entretanto Fátima Balbina encoraja os recém-formados a procurarem por estágios profissionais. “Devem procurar o estágio tendo como principal propósito aprender. E sempre que aparece alguém à procura de profissionais, direcionamos os nossos formados ou procuramos o centro de emprego que também é nossa parceira”, frisa a delegada. 

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Um dos formadores, Francisco Lamas, destacou em seu discurso a importância da formação no futuro destas novas profissionais, mesmo em “tempos difíceis”, tendo a pandemia marcado presença e condicionado a assiduidade e na realização de estágios nos hotéis da ilha de São Vicente. Aliás, a instituição decidiu premiar o aluno mais assíduo de cada curso com desconto na próxima formação que quiser fazer. “Os alunos terão vinte porcento de desconto nos próximos curso” prometeu.

 A oportunidade destes cursos profissionais é considerada gratificante pela jovem Janis Fortes, porta-voz dos colegas. Ela afirma que conseguiu encontrar a sua vocação neste curso, que durou mais de 200 horas.  “No início queria a formação de mesa e bar, porém, como não havia inscrições para esta, decidi peloServiço de Andares e Hoteleira e foi surpreendente”,  afirmou a jovem de 20 anos na cerimónia. 

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As formações que agora findam foram financiadas pela fundação BFCUJ in África, que tem sede na Suíça e apoia formação de meninas e mulheres em África.

Sidneia Newton

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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