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Ensino da “Língua Cabo-verdiana” será introduzido no nível secundário, a partir do 10º ano

O Governo vai fomentar o ensino da “língua cabo-verdiana” no nível secundário, a partir do 10º ano de escolaridade, já no próximo ano letivo. A implementação dessa disciplina, conforme um post no Facebook do Ministério da Educação, será de forma experimental, para servir de piloto ao seu alargamento a médio prazo, após amplos consensos científicos. A “língua cabo-verdiana”, diz o ME, será introduzida no âmbito dos novos planos curriculares da reforma do ensino secundário, em processo de conceptualização e implementação.

O Ministério da Educação salienta que o Governo tem a total disponibilidade em apoiar e fomentar a investigação de base académica visando consensos técnico-científicos em matérias da linguística, uniformização e padronização das bases gramaticais e ortográficas da língua nacional, comum às suas diversas variantes. “A investigação poderá também incidir sobre o alfabeto unificado do crioulo, o ALUPEC, tendo em vista alcançar abrangência e conter resistências ao seu uso na escrita do crioulo”, acrescenta o ME.

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Neste sentido, lembra a publicação, o ministro Amadeu Cruz, reuniu-se no mês de julho com as representantes do grupo promotor da petição sobre a politica linguística em Cabo Verde e com o investigador e linguista Manuel Veiga, para abordar questões ligadas à investigação linguística e à metodologia conducente à integração de uma disciplina de língua cabo-verdiana no sistema de ensino, no âmbito da reforma do Ensino Secundário. Nessa data, o referido ministério adiantou que a disciplina seria ministrada nas “variantes mais significativas”.

Esse passo vai implicar uma articulação entre o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, em virtude do alinhamento em matérias mais ligadas à cultura e de ordem constitucional. Haverá ainda a necessidade da criação de um grupo de trabalho conjunto para a elaboração de um plano de fomento da investigação e do ensino da língua cabo-verdiana, conforme o ME.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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