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Edson Ribeiro reafirma ser militante da UCID: A. Monteiro desafia-o a publicar o seu cartão assinado e carimbado

O presidente da UCID voltou esta manhã a reafirmar que Edson Ribeiro não é militante do partido e desafiou o professor universitário a mostrar o seu cartão de membro dos democratas-cristãos, com selo branco e assinado, para justificar a sua alegada candidatura à liderança dessa força política no próximo Congresso. António Monteiro foi confrontado pelo Mindelinsite com a reação de Edson Ribeiro, que assegurou à agência de notícias Inforpress pertencer ao quadro dos militantes da UCID. Porém, Monteiro repetiu pausadamente que isso não corresponde à verdade.

António Monteiro esclarece que Ribeiro chegou a fazer o pedido de obtenção do cartão de militante da UCID, mas assegura que o mesmo foi rejeitado. Logo, volta a enfatizar, ele jamais pode concorrer ao cargo de presidente do partido, como é sua intenção.

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Entretanto, em nota enviada ontem à Inforpress, Edson Ribeiro afirma ser militante e diz ter “todas as condições” para se candidatar ao cargo máximo do partido. Ribeiro adianta que Monteiro parece ter-se esquecido que tiveram uma conversa recente, durante a qual foi convidado para integrar, como vice-Presidente, uma possível lista liderada por João Santos Luís, caso este decidisse candidatar-se à liderança do partido. “Como insisti em avançar com um projecto diferente, deixo de ser militante e já não reúno condições. Para ser vice-presidente sou militante e reúno as condições necessárias para tal, mas para ser presidente a situação é contrária?”, questionou em nota remetida à Inforpress, adiantando que, se António Monteiro vier a dizer que nunca lhe propôs isto, estará “em condições de afirmar que não se trata apenas de distração e de falta de respeito, mas também de outra coisa bem pior”.

António Monteiro reconhece que teve essa conversa com Edson Ribeiro. Esclarece, no entanto, que fez essa abordagem porque é prática da UCID integrar capacidades novas no partido durante os Congressos, mesmo de pessoas que não possuem o cartão de militante, desde que os congressistas aceitem essas propostas. E exemplifica com o caso do jurista Geraldo Almeida, que, diz, paga as quotas, mas não tem cartão de militante do partido. “No caso de Geraldo, ele integra inclusivamente o Conselho Nacional, enquanto conselheiro e assessor jurídico do partido”, ilustra António Monteiro.

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Continuando na senda dos esclarecimentos, o presidente-cessante da UCID adianta que Edson Ribeiro poderia integrar algum cargo mediante a aceitação dos congressistas, mas nunca concorrer à presidência do partido. Neste caso, enfatiza, os Estatutos são rigorosos, concedendo essa prerrogativa a militantes activos pelo tempo mínimo de um ano e com quotas actualizadas, o que, assegura, não se aplica a Edson Ribeiro.

“Se o sr. Edson Ribeiro acha que é militante deve ir ao Tribunal Constitucional e aproveitar para mostrar o seu cartão de membro de plenos direitos da UCID”, desafia António Monteiro. Este adianta que chegou a dizer a Edson Ribeiro que foi precipitado em anunciar a sua candidatura à liderança da União Cabo-verdiana e Democrática.

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Esta polémica foi despoletada ontem durante uma conferência de imprensa convocada por António Monteiro para falar do seu futuro político e do 18. Congresso da UCID, que acontece de 25 a 27 de março na cidade do Mindelo. Durante essa intervenção, o presidente-cessante desse partido assegurou que a direção ainda não tinha recebido nenhuma manifestação de candidatura dos militantes. Questionado sobre Edson Ribeiro, que chegou a anunciar a sua corrida à liderança do partido, Monteiro assegurou que ele jamais poderia fazer isso pelo simples facto de não ser sequer militante dos democratas-cristãos.

Só que, em nota remetida à Inforpress, Ribeiro rebateu a posição de Monteiro e assegurou ser militante do partido. Do seu lado, Monteiro voltou a garantir que Ribeiro não integra a lista dos militantes do partido e desafiou o professor a publicar o seu cartão ou recorrer ao Tribunal Constitucional.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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