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DNS pede intervenção das forças de segurança e da protecção civil sobre quem desrespeitar quarentena domiciliar

O Director Nacional da Saúde pediu às forças de segurança para actuarem sobre os prevaricadores que andam a desrespeitar a quarentena domiciliar obrigatória na Boa Vista, ilha considerada pelas autoridades sanitárias de alto risco epidemiológico neste momento. Segundo Artur Correia, receberam informações sobre actos de desobediência das medidas de confinamento de trabalhadores que estavam nos hotéis, que obrigam a um reforço da intervenção das forças policiais e militares de plantão.

“Pedimos a essas pessoas para que tenham mais sentido de responsabilidade. Está nas vossas mãos a saúde das vossas famílias, da população boa-vistense e a dos cabo-verdianos. Não podemos permitir que venham colocar em causa todo o trabalho feito até o momento”, advertiu Correia, que estendeu a sua “mensagem” às próprias Câmaras Municipais. Em relação aos municípios, pediu para que os serviços sociais façam de tudo para garantirem o espaçamento entre as pessoas abrangidas pelos programas de apoio, que evitem a aglomeração e o aumento do risco de contágio. Correia apelou ainda à Polícia Nacional para obrigar os utentes que procuram os bancos e outras instituições a respeitarem as filas e a distância recomendada.

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Estas recomendações foram reforçadas numa altura em que a ilha da Boa Vista vê aumentado o número de pessoas infectadas – com mais dois casos anunciados – e a saída do confinamento de um grupo considerável de trabalhadores do hotel Riu Karamboa. Funcionários “libertados”, que foram submetidos a testes no dia em que saíram, mas que só terão respostas sobre o seu estado de saúde nas próximas 48 horas ou mais. Como informa Artur Correia, foram colhidas 181 amostras, que ainda estão a ser processadas pelo Laboratório de Virologia, serviço que tem estado a trabalhar a todo o gás estes dias. 

A forma como terminou o período de quarentena dos trabalhadores de Riu Karamboa – após 25 dias de confinamento – criou uma certa apreensão na opinião pública cabo-verdiana, não só pelo facto de ficarem em casa a aguardar o resultado das amostras, mas também com o anúncio de mais dois casos positivos na ilha da Boa Vista – uma mulher de 24 anos e um homem de 33, ambos cabo-verdianos. No entanto, o ministro da Saúde garantiu que os dois casos foram descobertos nos dias 7 e 8 e que os pacientes foram colocados logo em isolamentos nos serviços de saúde, não no hotel com as outras pessoas. 

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“Já tínhamos anunciado que no final da quarentena faríamos os testes aos trabalhadores, por forma a termos segurança em relação ao quadro clínico desse pessoal, e foi o que fizemos. Todos se submeteram a testes, que estão a ser processados neste momento”, relembra o ministro Arlindo do Rosário, que aproveitou a ocasião para “serenar” as pessoas ao enfatizar que metade dos trabalhadores dos hotéis não estiveram nos empreendimentos no período em que foi detectada a presença do coronavírus na Boa Vista. A quarentena, prossegue, abrangeu os que estavam dentro dos espaços turísticos. Com a saída das pessoas confinadas, o governante assegura que serão acompanhadas durante a quarentena domiciliar através de visitas presenciais e por telefone. Apesar das informações que dão conta de desrespeito às medidas de restrição, Arlindo do Rosário diz acreditar no sentido de responsabilidade dessas pessoas que, lembra, são pais, filhos, primos e amigos…

Lançada a “caça” aos suspeitos, a lista foi engrossada com mais seis casos, sendo quatro na cidade da Praia e dois em Santa Catarina de Santiago. As amostras aguardam os resultados, tal como as de um grupo de 29 pessoas enviadas de S. Vicente, incluindo os quatros suspeitos anunciados no domingo pelo Ministério da Saúde.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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