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Delegados do “Más Soncent” revoltados com a quantia paga pelo movimento

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Os delegados efetivos das mesas de voto do movimento independente Más Soncent estão revoltados porque não tiveram suplentes para aliviar a sua carga no dia da votação e, por isso, acreditam que deveriam receber uma gratificação extra, já que trabalharam sem descanso. Na ontem de ontem concentraram na frente da sede para exigir o pagamento. O líder do movimento, Nelson Lopes, garante que estão a cumprir com o acordado.

Os delegados alegam que trabalharam das 6 às 21horas sem descanso e, por isso, é justo que recebem o ordenado extra. Lenita Brito é uma das mais 300 delegadas recrutadas pelo Más Soncent. “Estivemos nas mesas de voto como delegados do Mas soncent entre às 6horas e às 21horas. Não Tivemos suplentes e nem alimentação. Na segunda feira fomos receber o pagamento e nos garantiram que,, como não tivemos suplentes e nem alimentação, iriam nos dar os 1500 escudos acordado e mais 1000 escudos dos suplente. Também prometeram um extra por causa do alongar das horas“, relata

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No entanto, prossegue, ontem quando foram receber o pagamento na sede, foram mal recebidos. Não tiveram nem a dignidade de explicar-lhes porque não foram substituídos. Também não falaram na gratificação do trabalho extra. “Limitaram a nos entregar os 1.500 escudos acordados inicialmente, sem nenhuma explicação. os meus colegas que entraram na sede disseram que foram abordados de forma indigna, inclusive temeram ser agredidos. Por causa disso, chamaram a polícia. Mas, infelizmente, esta não apareceu”.

Um outro delegado, Valdo Monteiro, confirmou que, efectivamente, o acordado era os efectivos receberem 1500 escudos e os suplementes mil escudos. Mas, na ausência dos suplementos e como os efectivos tiveram de alongar o seu trabalho, entende que o justo seria serem recompensados. “Entendo que deveriam nos pagar o valor destinado aos suplementes porque trabalhamos e merecemos ser recompensados. E nem sequer recebemos uma refeição quente. Apenas um lanche simples”, desabafa.

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Confrontado, o líder do movimento Independente Más soncent, Nelson Lopes, assume que possa ter havido alguma falta de sintonia entre a direcção e alguém prometeu pagar o dobro do acordado. Mas garante que estão a cumprir com o prometido. “Pagamos sim, o que foi combinado. A única falha é que alguém prometeu, sem o meu conhecimento, aumentar o valor. Por causa disso, alguns delegados ficaram descontentes e concentraram na porta da sede. Mas não houve distúrbio, até porque era um grupo pequeno, nem chegavam a 10 pessoas num horizonte de 300 a 400 delegados recrutados pelo movimento Más Soncent”.

Em relação as críticas de falta de alimentação, Lopes afirma que o movimento tinha quatro viaturas a distribuir alimentos aos seus delegados. Admite, no entanto, que houve algum atraso para chegar a todos. “Fornecemos sim alimentação, mas houve algum atraso porque eram muitos delegados e tínhamos apenas 4 viaturas a distribuir os alimentos. É falso que estes foram abandonados e não receberam nada durante o dia”, conclui.

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Lidiane Sales (Estagiária)

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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