Pacientes infectados com o novo coronavírus, mas que possam estar sem sintomas da Covid-19, podem passar a fazer o isolamento domiciliar, se reunirem uma série de condições impostas pelas autoridades sanitárias. A deliberação já foi tomada e, segundo o infectologista Jorge Barreto, até o final desta semana estarão criadas as condições para a aplicabilidade dessa medida. “Estamos neste momento na fase de operacionalização e brevemente essa medida será anunciada”, assegura o Director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças.
Para poder ficar na sua residência, o indivíduo terá de preencher um conjunto de requisitos que, conforme Barreto, constam de um aplicativo desenvolvido para o efeito. A pessoa terá que ser submetida a uma avaliação médica e apuradas as condições em que vive, as características da sua casa – por exemplo para se saber se pode garantir o isolamento do resto dos outros inquilinos – a sua autonomia física para realizar determinadas tarefas, como limpar com freqüência o local onde vive…
“Nem toda a gente vai ficar em casa. Será o resultado das respostas ao aplicativo que vai determinar a decisão”, comenta Jorge Barreto, assegurando que até o final da semana tudo estará operacionalizado para se garantir a aplicação dessa medida.
Na habitual conferência de imprensa, Jorge Barreto admitiu que o número de infectados poderia ser superior aos mais de 1000 até agora encontrados. Questionado se não será assustador o facto de terem surgido tantos contaminados em três meses, Barreto respondeu que a cifra poderia até ser superior. “Sendo uma situação nova, salientou, a população ainda não tem defesa contra o vírus, pelo que vamos continuar a ter mais casos.” “Apesar dos números alarmantes de 40 – 50 casos num dia não sei se é por sorte a maior parte dos casos não serem tão graves.”
