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BAD foi fulcral no combate à Covid-19 e às suas consequências económicas em África em 2021, segundo relatório

Um relatório do Banco Africano de Desenvolvimento divulgado quinta-feira mostra que a instituição foi fulcral em 2021, realizando investimentos atempados que estão a ajudar milhões de africanos a ultrapassar os desafios sem precedentes causados pela pandemia de Covid-19. Esta afirmação consta de uma nota de imprensa remetida ao Mindelinsite pelo gabinete de comunicação do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), que faz referência ao relatório anual da Eficácia no Desenvolvimento e analisa o papel do referido banco no desenvolvimento da África.

Intitulado “Recolocar África no seu caminho de desenvolvimento”, a edição de 2022 do relatório refere que o Grupo Banco prosseguiu com os seus objectivos no ano passado, apesar de suspensões, interrupções na cadeia de abastecimento e de uma recessão económica global. “Em todo o continente, os investimentos do Banco expandiram o acesso à electricidade, melhoraram os transportes, impulsionaram a produtividade agrícola, alimentaram a industrialização e integraram regiões”, enfatiza a referida nota.

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Adianta, entretanto, que, conforme o relatório, a recuperação económica continua a ser desigual e frágil no continente africano, mesmo quando a flexibilização das restrições adoptadas para controlar a Covid-19 colocou muitas regiões africanas de volta a uma trajetória de crescimento. “O relatório estima que as contínuas vulnerabilidades e novas medidas sanitárias empurraram mais 30 milhões de africanos para a pobreza extrema em 2021”, salienta.

Até ao final de 2021, prossegue o comunicado, o BAD tinha gastado 4 mil milhões de dólares a apoiar os esforços dos países para aumentar rapidamente os testes à Covid-19, formar trabalhadores da saúde, fornecer apoio social às famílias e garantir financiamento às empresas.

A pandemia não é a única crise que, conforme o BAD, o continente enfrenta atualmente. Os países africanos estão também a braços com a crise climática, a insegurança no Sahel e no Corno de África, e o impacto da guerra na Ucrânia, particularmente nos preços dos alimentos. Os investimentos têm de ser acelerados.

O referido relatório enfatiza que houve avanços em todos os setores. Na energia, por exemplo, os investimentos do BAD tornaram possível a instalação de 294 km de linhas de transmissão de energia novas ou melhoradas e 456 km de linhas de distribuição de energia. “Como resultado, cerca de 1,3 milhões de pessoas receberam novas ligações elétricas.”

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Segundo Simon Mizrahi, diretor do Departamento de Impacto e Resultados do Desenvolvimento, a África e o BAD mostraram mais uma vez uma notável resiliência no ano passado. “Por exemplo, a Revisão Anual da Eficácia no Desenvolvimento calcula que os nossos projetos proporcionaram a mais de 12 milhões de pessoas o acesso a água potável e saneamento em 2021. Isto foi três vezes mais do que o nosso objetivo. E os nossos investimentos no setor privado forneceram mais de 130.000 micro, pequenas e médias empresas com serviços financeiros – duplicaram o nosso objetivo, abrangendo 3,4 milhões de pessoas”, acrescentou. Mizrahi mostrou-se satisfeitos com os resultados e, para ele, as equipas do Banco têm muito de que se orgulhar.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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