Pub.
Pub.
Atualidade
Tendência

Augusto Neves denuncia “violenta perseguição” da UCID e do PAICV contra a CMSV e o seu presidente

O edil Augusto Neves denunciou esta terça-feira aquilo apelida de “violenta perseguição” da UCID e do PAICV contra a Câmara de São Vicente e o seu presidente, na sequencia do chumbo ao Plano de Atividades e Orçamento do município par 2024. Este autarca não têm dúvidas de que estes dois partidos, que se juntaram para derrubar a CMSV, são inimigos de São Vicente.

A posição do presidente da CMSV foi expressa em conferência de imprensa e este justifica-se com exemplo. “Estamos dois anos e meio sem conseguir realizar uma única reunião da Câmara. Entregaram vários processos-crime ao Tribunal contra a CMSV e o seu presidente, tentando manchar a sua imagem e não conseguiram nada. Agora é a vez da AMSV, com a união destes dois partidos da oposição, a UCID e o PAICV, a entrarem em ação denegrindo a imagem da CM e falando mal dos trabalhadores desta instituição, que fazem tudo para as coisas funcionarem, mesmo em tempos difíceis”, referiu.  

Publicidade

Para Augustos Neves, estes dois partidos são inimigos de São Vicente e não respeitam os resultados eleitorais. “Vê-se claramente o ódio e a raiva estampada no rostos destes eleitos quando, por prazer, votam contra tudo o que é bom para a ilha”, diz, ilustrando com a não aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para 2024. “Estes dois partidos da oposição têm feito tudo para, de forma perversa, dificultar o normal funcionamento e desenvolvimento desta ilha”, reforça

Sobre estes dois importantes instrumentos de gestão que foram novamente chumbados, o edil mindelense conta que desde maio de 2023 estão a ser elaborados. Durante este período, afirma, foram feitas convocatórias, solicitando subsídios a estes partidos, que nada entregaram, não participaram e muitos eleitos sequer apareceram na sua apresentação e discussão. “Só apareceram no momento da votação para votar contra. Que tipo de eleitos são estes? Qual a contribuição que querem dar a ilha de S.Vicente? É uma autentica irresponsabilidade e que vergonha”, desabafa.

Publicidade

Relativamente a Assembleia Municipal, A. Neves realça que há três anos não funciona e os eleitos só aparecem nas votações por imposição dos partidos, para votar contra as propostas da CMSV. Aliás, este se considera que, desde o inicio do mandato, têm sido, junto com a CM, vítimas de uma violenta perseguição da UCID e do PAICV, que tentam por todos os meios derrubar esta autarquia. “A UCID e o seu líder querem a todo o custo chegar ao poder em SV. Tentaram minar a CM e não conseguiram. Junto com o PAICV quiseram de toda a forma governar a CM e não conseguiram. Não tenham pressa. Prestaremos conta à população no próximo ano pelas eleições. É o povo quem decide.”

Entretanto, apesar de todos estes constrangimentos, o presidente da CMSV garante que está-se assistir, gradualmente, a melhoria da qualidade de vida das pessoas na ilha, quer no aspecto econômico, social e territorial, conforme os últimos dados do Índice de Coesão Territorial, produzido pela INE. “Os último dados do INE sobre o índice de coesão territorial, que incluiu o social e o econômico, demostram que SV. Vicente está acima da media nacional, ocupando o segundo lugar e com dados muito próximos da Capital, que está em primeiro. Tudo isso, graças ao empenho de todos, da população, das famílias, das empresas, das instituições, dos parceiros e da CMSV”, comemora. 

Publicidade

Acordo partidário para governação de SV

Questionado sobre a relevância do acordo partidário, assinado entre o MpD e a UCID, para a governação de São Vicente, Augusto Neves admite que a CM está a funcionar com relativa normalidade. Já a nível da AMSV, diz, os eleitos municipais e os partidos pensam de forma totalmente diferente. “É um acordo partidário e não entendemos o que aconteceu com a UCID. Nos últimos dois meses temos trabalhado com alguma tranquilidade na CM. Mas na AMSV, quando pensamos que os partidos iriam colaborar e participar, juntaram-se para derrubar o Plano de Atividades e Orçamento”, relata. 

Mas o edil admite que não ficou surpreendido com este revés porque o líder da bancada da UCID já vinha dando sinais antes da votação, o que é uma vergonha do seu ponto de vista porque, afirma, a posição do partido deveria ter sido discutida internamente. Mesmo assim, apresentaram o Plano de Atividades e Orçamento, esclareceram todas as duvidas para os eleitos presentes. “Tenho que lembrar que o acordo não eram nem da CMSV e nem da AMSV. Era um acordo entre os presidentes Ulises Correia e Silva e João Santos Luís. Obviamente, são os partidos que fazem as gestão dos seus grupos.”

Instado a esclarecer o que falhou, Gust responsabiliza o ódio e a raiva destes partidos por verem que as coisas funcionam, mesmo com as dificuldades e constrangimentos. Lembra, por exemplo, que em 2021, apresentou uma proposta de empréstimo bancário para fazer investimentos em asfaltagem, aquisição de ambulâncias e carros de lixos e estes dois partidos recusaram dar o seu aval, alegando que estes seriam utilizados durante a campanha. “Infelizmente, iremos ter mais um ano com duodécimo. Este foi um mandato diferente porque nunca houve colaboração dos demais partidos. De certeza que co Governo estará mais uma vez, junto com a CMSV, para terminarmos este mandato com êxito.”  

Enfim, depois um período de silêncio, A. Neves resolveu esta terça-feira abrir o “verbo” contra a oposição, dizendo ter sido agredido de todas as formas, mas optou por não responder porque já antevia o desfecho: ambição e ganância para estar na CMSV, ainda que a escolha seja sempre do povo.

Mostrar mais

Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo