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Atunlo: Exercício do Direito de Resposta

Ao abrigo do art.30° da Lei 73/VII/2010, de 16 de Agosto vimos solicitar a reposição da verdade, relativamente à peça “Operários do Atunlo denunciam trabalho em baixas temperaturas e com mãos em tinas de água e gelo”, publicada na edição online do Jornal MINDELINSITE, secção Social, no dia 06 de Agosto de 2019, nos seguintes termos:

Não corresponde minimamente à verdade o titulo da peça divulgada pelo jornal online MINDELINSITE na sua edição do dia 06 de Agosto de 2019 quando relata que os trabalhadores “estão a trabalhar em temperaturas muito baixas e com mãos em tinas de agua e gelo. E já começam a sentir os efeitos: febre, perda de sensibilidade nas mãos, um coro de tosse durante o período laboral, mãos roxas e enrugadas (…)”.

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Na verdade, face à elevada temperatura da água utilizada na limpeza de calamar, entre os 26 e 27° C, em virtude das altas temperaturas sentidas no país, verificou-se a deterioração de uma quantidade significativa de calamares.

Assim sendo, mostrou-se necessário reduzir a temperatura da água em aproximadamente três graus, pelo que foram adicionados alguns cubos de gelo, passando a temperatura para 23 a 24°C.

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Salienta-se que o MINDELINSITE, contrariamente ao referenciado na peça, foi informado pela empresa que a noticia em causa era falsa, mas preferiu, mais uma vez ignorar a realidade dos factos e publicar uma noticia que já tinha sido desmentida, atentando contra a imagem e reputação de uma empresa, que emprega cerca de 400 trabalhadores e muito tem feito em prol da economia da ilha de São Vicente e do país.

A Atunlo CV é, desde 2015, concessionária da plataforma de frio de Mindelo, infraestrutura de frio pertente à Enapor, explorando e gerindo a referida infraestrutura em estrito cumprimento das normas nacionais vigentes no sector e as boas práticas internacionalmente aplicáveis, proporcionando aos seus trabalhadores todas as condições para laborarem com segurança e sem pôr em causa a saúde e o bem-estar dos mesmos.

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Conforme explicado à jornalista, afigura-se totalmente falsa a noticia, na medida em que a temperatura da água nunca foi inferior a 23°C, que se aproxima da temperatura ambiente, e da temperatura da água proveniente da rede pública.

Com efeito, a temperatura da água nunca poderia ter causado qualquer uma das lesões supostamente alegadas pelos trabalhadores.

As autoridades nacionais já estiveram na plataforma e puderam constar que a temperatura da água manuseada pelos trabalhadores no processo produtivo era adequada e sem qualquer efeito nocivo para a saúde dos mesmos.

Mindelo, 13 de Agosto de 2019.

O Gerente

Alejandro Pazo

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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2 Comentários

  1. A Câmara Municipal de São Vicente deveria mais é fechar as portas da Atunlo, devido ao mau cheiro que esta espalha pelas ruas do Mindelo.
    Ou o Gerente vai-nos dizer que o mau cheiro também não é verdade?!

  2. E ainda mais sobre o mau cheiro. Mesmo quando não afecta toda a Avenida Marginal, os trabalhadores da Atunlo quase que não conseguem respirar devido ao cheiro insuportável. Por isso Sr. Gerente, antes de exercer o direito de resposta tenta acatar com o dever de não poluir a cidade onde a sua empresa factura e muito.

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