Pub.
Pub.
Atualidade

Armando hospitalizado com ferimentos: Ex-técnico da ASA aponta Teófilo como mandante de ataque, este nega e fala em tentativa de atropelamento

Armando Gonçalves, ex-funcionário da ASA, foi ontem à tarde hospitalizado com ferimentos e hematomas na cabeça e nos braços, que, garante a esposa, foram provocados por dois homens, supostamente a mando de Teófilo Figueiredo, director do serviço aeroportuário em S. Vicente. Segundo Patrícia Gonçalves, o marido estava a passar pela bomba de combustível da Enacol, em Fonte d’Meio, quando Teófilo Figueiredo fez-lhe sinal para o acompanhar no seu carro com o alegado intuito de irem conversar na casa dele.

“Armando fez inversão de marcha e foi atrás do carro de Teófilo. Só que, assim que chegou perto da casa de Teófilo, ele foi recebido por três rapazes. Dois deles atacaram o carro à pedrada, partiram os para-brisas da frente e de trás. Entretanto, o motor do carro foi abaixo, aproveitaram para entrar no carro e agredir o Armando à pedrada na cara e na cabeça”, conta Patrícia Gonçalves, para quem os atacantes atentaram contra a vida do marido porque desferiram-lhe golpes na cara e na cabeça.

Publicidade

Na sequência do incidente, prossegue a citada fonte, Armando Gonçalves teve os dentes da frente partidos e sofreu ferimentos nas mãos enquanto se defendia dos golpes. Na lógica de Patrícia Gonçalves, está claro que o marido foi atraído para uma armadilha, de um ataque encomendado. Perguntada se estaria a apontar o dedo a Teófilo Figueiredo, por causa do conhecido conflito que opõe os dois lados, ela evitou ser taxativa. No entanto, assegurou que o marido garante que esse ataque foi preparado por Teófilo Figueiredo. “Armando diz que foi o Teófilo porque os atacantes disseram que ele estava marcado, que isso iria acontecer a qualquer altura”, revela Patrícia Gonçalves, que falou com o Mindelinsite por telefone uma vez que, diz, o marido estava com a cara inflamada e sob observação no hospital Baptista de Sousa, onde deu entrada depois das treze horas.

“Tentativa de atropelo”

Abordado por este website, Teófilo Figueiredo apresenta uma versão completamente diferente dos acontecimentos. Segundo o actual director do aeroporto Cesária Évora, estava a dirigir-se para a casa à hora do almoço quando, nas proximidades da bomba de combustível da Enacol, foi visto por Armando. Acto seguinte, continua, Armando fez inversão de marcha e encetou uma perseguição à sua viatura. Como estava perto da sua residência, diz Teófilo, conseguiu chegar à sua casa e entrar rapidamente para fugir da alegada fúria do ex-técnico da ASA. “Ele chegou à alta velocidade, mas, ao ver que consegui entrar em casa, partiu para cima do meu condutor e de um guarda com o intuito de atropela-los. Ele tentou prensar um deles contra uma parede, mas não conseguiu. Entretanto fez marcha-atrás para tentar atropelar essa pessoa de novo e embateu com a parte traseira da viatura numa outra parede”, conta Teófilo Figueiredo.

Publicidade

Perante essa alegada tentativa de agressão, os visados reagiram. Aproveitaram o facto de o carro de Armando ter ficado imobilizado e apedrejaram a viatura. Quebraram os para-brisas e agrediram-no a socos ainda dentro do carro, e não à pedrada, conforme Figueiredo. Para esta fonte, a reacção do condutor e do guarda foi natural, tendo em conta a suposta conduta de Armando Gonçalves.

Assim que entrou em casa, prossegue Teófilo Figueiredo, telefonou para a Polícia Nacional e pediu para irem socorre-lo com a máxima urgência. Entretanto, diz, apareceu um inspector da PJ que se identificou e pós termo ao clima de guerra. Com a chegada de agentes da PN, o condutor e o guarda foram detidos e Armando levado para a Urgência do Hospital Baptista de Sousa.

Publicidade

Conforme o advogado dos detidos, a versão que apresentam coincide com a de Teófilo Figueiredo. Este jurista acrescenta que há testemunhas que viram por várias vezes o carro de Armando Gonçalves pelos lados da Enacol, ou seja, nas proximidades da casa de Teófilo Figueiredo. Logo, para ele, Armando estava à espera de Teófilo e agiu de forma premeditada. “Só que o tiro lhe saiu pela culatra, ou seja, as coisas não aconteceram como tinha planeado”, comenta o defensor dos detidos, para quem Armando Gonçalves deveria também ser detido.

Este lembra que o ex-técnico da ASA tem feito várias ameaças a Teófilo Figueiredo nas redes sociais e inclusive chegou a partir o para-brisa traseiro da viatura do director do aeroporto internacional Cesária Évora, quando estava estacionada à porta da casa do dono. “Há inclusivo filmagens desse acto”, assegura esse jurista, para quem a Justiça precisa agir com a máxima celeridade a fim de evitar um mal maior.

Desde o início de 2019 que o clima entre o ex-técnico de manutenção eléctrica do AICE e responsáveis dessa infra-estrutura aeroportuária vem se aproximando do estado de ebulição. Esse conflito chegou ao conhecimento da própria comunicação social, primeiro através de uma conferência de imprensa convocada por Armando Gonçalves, durante a qual pediu uma auditoria para se apurar alegados actos de corrupção na ASA, denúncia essa que despoletou a resposta de Teófilo Figueiredo na comunicação social, como comprovam os links das notícias publicadas pelo Mindel Insite.

Os suspeitos da agressão de Armando Gonçalves deveriam ser apresentados hoje a um juiz do Tribunal de S. Vicente, para determinar a medida de coação a ser aplicada. Entretanto, para Patrícia Gonçalves é chegado o momento de a justiça agir. É que ambas as partes dizem que andam a receber ameaças de agressão e ofensas verbais. Além disso, há processos já instaurados e que decorrem os seus trâmites legais.

Este jornal tentou apurar mais dados junto a Polícia Nacional, mas tal não foi possível até o fecho desta edição.

Mostrar mais

Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

Artigos relacionados

6 Comentários

  1. cruzei-me por volta das 11:30/12:00, junto do BCA/Hotel Porto Grande com o “empregador” dos agressores, tranquilamente caminhando na rua, devidamente guardado por segurança com “manduco” e vestido colete da CMSV? Provedor De Mindelo Procuradoria da República, Policia Nacional, Sociedade Civil, o que se passa nesta cidade?

  2. E não é que acabo de receber um telefonema de Vasco Figueiredo questionando-me deste comentário e, terminando a conversa, com algo que, no mínimo, chamaria de coacção. A bem da verdade, espero que a justiça seja CÉLERE e JUSTA. Entretanto, até prova em contrário, e para registo, eu e meus filhos estamos bem, em segurança e sem ameaça nenhuma, pois a minha vida PROFISSIONAL aos dias de hoje, aqui e além fronteiras, não tem qualquer mácula!

  3. Ó madame ca mechê mut pa ca gente ca fcá ta sabê de bôs maf.
    De um modo geral ê sabido q bo inganá bo sócio português, ele ê q dzê, e el levob pa tribunal.
     Já bsot resolvel na tribunal? Cá mechê água sujo pa ca txere maf pa bô banda.

  4. De um modo geral, um sabê que bo robá.
    Foi quêl sócio portugues de Maria João ê que dzê.
    Ele dzem tambê que bo ti ta ser maldizente.
    Mim um ca sabê de nada!
    Um ca ta conchê Maria João, nem um ca ta conchêb má, como um oiób ta afirmá com base no que um português dzê, um otxá c’um podê fazê mesma cosa.
    Ô bô ta otxá c’mim um ca podê?
    Ê sô dzem!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo