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A.Neves e Dora Pires satisfeitos com promessa do PR de exercer a sua magistratura de influência para mediar conflito na CMSV

O Presidente da Camara de São Vicente, Augusto Neves, e da Assembleia Municipal, Dora Pires, saíram satisfeitos dos encontros com o Presidente da Republica, José Maria Neves, realizados no quadro da inauguração da “Presidência na Ilha.” Ambos garantiram à imprensa que foi uma oportunidade para falar dos problemas da ilha, quer a nível financeiro, politico e social, decorrentes da pandemia, mas também do impasse que se vive na CMSV, constituída por três partidos políticos e o Movimento mas Soncent. Saí com a promessa de uma “magistratura de influencia” para ajudar a resolver o conflito na CMSV. 

Para nós, foi uma grande satisfação ter esta oportunidade de poder falar de São Vicente, da sua situação a nível financeiro, politico, das obras e da CMSV. Todos sabemos qual é a situação da ilha depois de dois anos de pandemia. Somos uma ilha cultural e os eventos tiveram de ser cancelados. Mas esperamos retomar as nossas actividades e desenvolvimento no próximo ano, se tudo correr bem”, declarou A. Neves à saída da audiência com o PR, que frisou, mostrou abertura para apoiar a Câmara, naquilo que for possível, no sentido da retomar o mais rapidamente possível.

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No que tange as obras, segundo A. Neves, há neste momento seis empreendimentos em construção e que empregam muitas pessoas, o que permitiu algum controlo. Destacou o problema das casas de lata que proliferam na ilha, uma preocupação que aliás, afirmou, já tinha abordado com o Governo. “Conversamos obviamente sobre a situação politica na CMSV. Em relação à AM as coisas funcionam, inclusive já aprovamos o Orçamento para 2022. Infelizmente não realizamos a última sessão da AM por uma questão de interpretação da lei”, enfatizou. 

Quanto ao impasse na CMSV, o presidente lembrou que se trata de um órgão executivo que está ali para trabalhar, pelo que as questões politicas devem ser debatida e aprofundadas na AM. Mas, do seu ponto de vista, os seus pares não entendem e acham que o trabalho é emperrar, não aprovar agendas que trazem pontos importantes para a resolução dos problemas de São Vicente. Sobre este particular, A. Neves disse que discutiu com as lei para ver como poderá, a nível executivo trabalhar mais tranqüilamente. “Dado a nossa experiência a nível do municipalismo, penso que devemos começar a pensar em novas leis que deem força ao trabalho.”

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Optimista, a presidente da AM acredita que estes encontros com o PR podem trazer uma maior motivação e dinamismo para a ilha porquanto o poder deve estar junto do povo. “É uma motivação muito grande para o publico, para o privado, para as instituições da Republica, mas também o empresariado, o povo, a CM e a AM esta descentralização. Vemos isso como uma motivação para haver maior dedicação, sabendo que temos alguém que está em SV, se preocupa com o desenvolvimento desta ilha e poderá fazer a sua magistratura de influencia”, declarou Dora Pires.

Neste sentido, falaram dos vários problemas que afligem a ilha e igualmente do conflito que opõe o Presidente da CM e das bancadas, com um dos lideres a pedir o apoio do PR para mediar o diálogo entre as partes para que as coisas possam fluir. Dora lembrou que SV é a única ilha com três partidos e um movimento independente na CM e na AM, pelo que todos têm de trabalhar, o que não tem acontecido. “Queremos apelar ao bom-senso de ambas as partes. Saber ouvir é um passo importante e também saber decidir. Todos somos importantes e fomos eleitos pelo povo. Não deve haver imposições. Temos é de trabalhar para o povo”, declarou

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A boa nova, disse a presidente da AM, é que o Presidente da República se mostrou disponível para fazer a sua magistratura de influencia naquilo que lhe compete para ajudar neste aspecto, mas a CM e a AM também terão de fazer a sua parte. E tendo em conta o balanço os 100 dias, acredita em bons frutos.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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