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Cooperação militar pode ajudar aquisição de avião para Guarda Costeira

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Nenhum país pode considerar-se verdadeiramente independente. A interdependência dos povos é hoje cada vez maior, pelo que se torna necessário encontrar os mecanismos de cooperação que possibilitem a complementaridade dos Estados na consecução do desenvolvimento, do progresso e da segurança.

Assim, a cooperação é uma das componentes prioritárias e essenciais da política externa dos Estados, tendo como objectivo atenuar ou eliminar as desigualdades económicas e financeiras dos povos, proporcionando o relacionamento pacífico da comunidade internacional.

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Cooperar é pois uma forma de solidariedade internacional, que obriga a adopção do princípio da equidade nas relações entre os países soberanos e independentes e, consequentemente, o respeito pela não ingerência nos seus assuntos internos, com rejeição de quaisquer propósitos hegemónicos, levando os países mais ricos e privilegiados a transferir parte dos seus recursos materiais, financeiros, humanos e tecnológicos, a sua experiência e conhecimentos, para os países menos desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.

Perante este cenário, não se entende o por quê de Cabo Verde não utilizar os mecanismos de cooperação militar que “tem ao seu alcance”, nomeadamente com Portugal, para adquirir um avião para a Guarda Costeira. Não se entende também a necessidade das FACV “saírem” para o mercado internacional à procura de uma aeronave para a Guarda Costeira.

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Aliás, estas “necessidades” são, de certa forma, “desmontadas” quando se sabe que o Ministério da Defesa de Portugal tem-se mostrado receptivo a uma “maior cooperação técnica” que permita a “Cabo Verde conseguir ter meios mais eficientes para garantir a segurança marítima nesta sub-região”, porque – como defende o Governo português – “todos ganhamos, porque esta sub-região é muito importante do ponto-de-vista global”.

Além de Portugal, Cabo verde tem cooperação com várias países que podem ajudar na aquisição desta aeronave para a Guarda Costeira, como tem acontecido com a Marinha.

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O Governo cabo-verdiano deverá ser mais assertivo e definir um projeto de raiz militar para as FACV, tendo em conta que as FACV não tem dinheiro para sustentar uma aviação comercial, geradora de lucros, o que não é o caso das FACV.

Não podemos esquecer que a aviação militar e comercial tem fins completamente diferentes, sendo este o momento dos governantes cabo-verdianos decidirem “implantar um projeto com cabeça , tronco e membros sem caírem nos pareceres de CONVENIÊNCIAS”.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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