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Bombeiros suspendem manifestação e greve após acordo com a Câmara de S. Vicente

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Os bombeiros de S. Vicente decidiram suspender a manifestação e a greve que estavam previstas para começarem amanhã e no dia 29 respectivamente, após acordo alcançado com a Câmara com base no caderno reivindicativo. Segundo o sindicalista Heidi Ganeto, na sequência de dois encontros mediados pela Direção-Geral do Trabalho, houve cedência da CMSV em pelo menos quatro dos cinco pontos para satisfação dos chamados soldados da paz.

Deste modo, a CMSV vai conceder promoção aos profissionais da corporação em janeiro de 2024, contratar mais 12 elementos para reforçar a equipa de bombeiros, garantir uma refeição ao pessoal do turno da meia-noite às oito horas e aumentar o subsídio de risco de cinco contos para oito mil escudos. O coordenador do Siacsa mostrou-se satisfeito com o resultado da negociação, pelo que aceitaram suspender tanto a manifestação como a greve.

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Segundo Ganeto, foi assinado um documento na Direção-Geral do Trabalho, com base num memorando de entendimento anteriormente alcançado, que serve de garantia à aplicação das promoções com retroactividade a janeiro de 2024. O processo será implementado logo após a tomada de posse da nova directora dos Recursos Humanos da CMSV, que ainda não tem data marcada. Isto porque, conforme explicações dadas pela autarquia, foi realizado um concurso público para o cargo, já houve uma vencedora, mas o processo está na fase de reclamação dos concorrentes.

O sindicalista mostra confiança nos acordos alcançados com a CMSV, mesmo sabendo que 2024 será o ano das eleições autárquicas. Havendo, no entanto, atrasos inadmissíveis, garante que os bombeiros vão reactar a sua luta. Desta vez, diz, irão levar o caso das promoções a Tribunal, com base no acordo assinado com a CMSV. “Se constatarmos que a situação está a ser arrastada vamos voltar à luta e não descartamos o anúncio de um novo pré-aviso de greve”, salienta o sindicalista, lembrando que os Estatutos dos Bombeiros prevê a promoção dos efectivos a cada quatro anos, o que não se verifica desde 2012.

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Outro ponto abordado pelo Siacsa na conferência de imprensa realizada hoje de manhã tem a ver com alegados actos de intimidação e ameaças cometidos pelo actual Comandante dos Bombeiros. Sobre este assunto, Heidi Ganeto assegura que as situações são verídicas e continuam a acontecer. Salientou, entretanto, que o vereador do pelouro dos bombeiros chegou a negar essas ocorrências em declaração a um órgão de comunicação social, mas que, na sua leitura, não retrata a realidade.

Como explica, o referido vereador decidiu promover um encontro entre os bombeiros e o Comandante, quando, diz, os profissionais e voluntários da corporação estão perante ameaças. “Deste modo, decidiram pura e simplesmente remeter-se ao silêncio como forma de protesto”, esclarece. Para Ganeto, deveria ser aberto um inquérito e ouvido cada bombeiro de forma individual e não num encontro aberto para estarem perante o chefe.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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