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Menores passam o equivalente a dois meses por ano ligados aos ecrãs: TikTok é a grande preferência

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As crianças residentes nos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Astrália passam cerca de quatro horas por dia ligadas aos ecrãs, fundamentalmente ao aplicativo TikTok, o que representa dois meses por ano. Os dados constam de um estudo elaborado pela plataforma Qustodio, especializada em segurança e controlo digital para famílias, que conta com mais de quatro milhões de utilizadores no mundo.

Segundo o jornal Dn.pt, todos os anos a plataforma analisa a utilização que os menores fazem da Internet: as horas que passam em frente aos ecrãs, as aplicações e redes que mais utilizam ou as consequências que a hiperconectividade pode causar. O trabalho analisou as tendências e o uso por usuários dos 4 aos 18 anos de idade nos referidos países, tendo cerca de 400 mil famílias participado do mesmo de forma anónima. Entre os dados mais relevantes, destaca-se que 15,6% dessas famílias reconhecem que o abuso dos ecrãs gera problemas constantes em casa e que esses conflitos se repetem uma ou duas vezes por semana em 34% das habitações.

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Durante a apresentação do estudo em Portugal, o responsável desta plataforma, Eduardo Cruz, sublinhou a importância de se adotar uma “dieta digital” para tirar partido da Internet e dos ecrãs e tentar evitar os seus riscos e ameaças. Entre as principais recomendações e conselhos para que os menores façam um uso responsável e não abusivo dos ecrãs, Cruz citou a importância de se estabelecer um “cronograma tecnológico”, discutir os ambientes digitais, evitar que os mais pequenos se tranquem no quarto para usar os ecrãs, partilhar conteúdos digitais com a família, oferecer alternativas atraentes no mundo físico ou “real” e colocar os mais velhos a darem o exemplo. Enfatizou também a importância de haver horários sem conectividade e que os ecrãs não subtraiam tempo ou espaço de outras atividades, como o sono, estudo ou lazer.

A hiperconectividade ou ligação contínua está a tornar-se um problema grave em muitos casos e a gerar problemas de dependência para inúmeros menores que acabam por ver o mundo “físico” ou real como “um estorvo” nas suas vidas. As redes sociais voltaram a ser a principal atração digital para os menores em 2022, indicador que se repete nos quatro países onde foi realizado o estudo.

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O Tik Tok supera claramente as preferências entre os menores nas redes sociais como o Instagram, cada vez mais utilizado por pessoas com mais de 30 e 40 anos, Snapchap, Facebook ou Twitter.

C/ Dn.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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