O multimilionário Elon Musk concretizou a compra do Twitter e já afastou a direção. “O pássaro está livre”, escreveu hoje o empresário no Twitter, depois de fechar o acordo para a compra da rede social (cujo logotipo é um pássaro) por 44 mil milhões de euros, a poucas horas do prazo estabelecido para que fosse finalizado o negócio.
A primeira medida do homem mais rico do mundo à frente dos destinos do Twitter, refere a agência de notícias Associated Press, foi despedir o director executivo, o director financeiro e todo o conselho-geral da empresa. Espera-se que as grandes mudanças de pessoal sejam a primeira de muitas a realizar por Musk, que prometeu aumentar a base de utilizadores e as receitas da rede social.
Antes, o dono da Tesla tentou acalmar os anunciantes, dizendo que decidiu avançar para a compra do Twitter para ajudar a humanidade, assegurando não querer que esta se torne uma “paisagem infernal livre para todos”. Esta mensagem parece abordar as preocupações dos anunciantes – principal fonte de receitas do Twitter – de que os seus planos para promover a liberdade de expressão, através da redução da moderação de conteúdo, vão abrir a porta a mais toxicidade e afastar utilizadores.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça comum da cidade digital, onde uma vasta gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, escreveu Musk, numa rara mensagem longa. E concluiu: “Existe atualmente um grande perigo de os meios de comunicação social se dividirem em câmaras de eco de extrema direita e de extrema esquerda que geram mais ódio e dividem a sociedade”.
O prazo de sexta-feira para fechar o negócio foi ordenado pelo tribunal no início de outubro. É o último passo de uma batalha que começou em abril com Musk a assinar um acordo para adquirir o Twitter, seguindo-se um recuo, levando o Twitter a processar o empresário.
C/Foxbusiness.com