Senhor Primeiro-ministro,
Através desta ação de lhe escrever uma carta coletiva queremos dizer que estamos
decididos a exigir a realização dos nossos direitos políticos, económicos e culturais,
sem nunca subestimar os valores do equilíbrio regional e da solidariedade nacional na
distribuição dos recursos.
No contexto do Município da Ribeira Grande, tendo em conta critérios como a
população, dimensão territorial e distância, depois das estradas de penetração
Povoação – Boca de Ambas às Ribeiras, Povoação – Ribeira da Torre, Cabeçadas – Chã
de Igreja, na Garça, Coculi – Chã de Pedras, esta última inaugurada em 2016, todas
construídas pelo Governo da República, era expectável que chegou a vez de Caibros.
Caibros, um vale, onde reside mais de 500 pessoas, com uma área irrigada superior a
50 (cinquenta) hectares de terra, com mais de 500 m3/dia de água por gravidade e um
furo com capacidade de 170 m3/dia, julga-se, legitimamente, merecedora da estrada
Boca de Ambas às Ribeiras – Caibros, de apenas dois quilómetros.
Se, do ponto de vista dos critérios população/residente e importância económica, a
construção da estrada de Caibros é inquestionável, do ponto de vista da segurança, ela
é, indubitavelmente, uma emergência, já que um troço do atual caminho carroçável
constitui uma séria ameaça à vida de todos quantos por ele circulam diariamente,
tendo já um histórico de acidentes mortais, e na iminência de uma tragédia, se nele
não houver uma intervenção urgente, cuja responsabilidade moral e criminal
dificilmente escaparão os governos da República e Municipal de serviço,
personalizados nos senhores Primeiro-ministro e Presidente da Câmara Municipal da
Ribeira Grande.
A comissão coordenadora do movimento Chegou a Hora da Estrada de Caibros,
em nome de 302 assinaturas de naturais e/ou residentes de Caibros e 81 amigos.