A comissão para a valorização da Matiota será transformada numa associação dotada de estatuto próprio. Esta medida foi tomada num encontro realizado na passada semana, após um debate entre os membros do grupo. Segundo António Silva houve opinião pró e contra, mas acabou por prevalecer a decisão de se partir para a legalização formal.
“A comissão vai continuar as suas actividades até o nascimento formal da associação, que irá defender os interesses públicos da Matiota”, informa esse activista social. Segundo Silva, um grupo ficou incumbido de preparar uma proposta dos Estatutos para ser discutida num próximo encontro. Este passo, adianta, deve ser dado o mais breve possível.
Nos últimos tempos, a comissão parou os trabalhos de limpeza da pequena piscina da Matiota e, na opinião de António Silva, essa intervenção deixou de fazer sentido neste momento. Isto porque, explica, num encontro com o Ministério do Mar ficou assente que essa zona será recuperada no âmbito de um projecto avaliado em 10 mil contos. “Com este dinheiro pode-se fazer coisas maravilhosas nessa orla. Além da recuperação do tanquim e do trampolim, pode-se melhorar a segurança, criar um vestuário e activar o turismo”, perspectiva.
Quanto a um alegado projecto privado para construção de um condomínio de luxo num terreno que dá acesso ao trampolim, António Silva é peremtório em afirmar que essa obra jamais deve ser permitida. Este deixa claro que essa zona deve continuar a servir o público e não ser usada como um ponto de exclusão social. Para ele, esse projecto é uma aberração arquitectónica e, pior do que isso, uma barreira ao usufruto do mar pela população. Por isso promete estar atento a eventuais obras nessa zona e agir para impedir a disponibilidade desse lote para projectos particulares.
Nos próximos tempos, a comissão vai estar ocupada com a preparação dos Estatutos da Associação para a Valorização da Matiota e ainda de uma exposição de fotografias da antiga praia. A par disso, tem na agenda a realização de palestras sobre a história da Matiota.
