A Câmara Municipal de São Vicente apresentou na manhã desta terça-feira, 11 de janeiro, a estrutura que vai acolher o “Fórum Pensar São Vicente 2035”, que terá lugar nos dias 19 a 21 do corrente mês. Ao todo são quatro naves, que vão acolher 200 convidados que vão participar nas discussões, e ainda espaço de refeição, um serviço de bar permanente e sanitários por forma a que as pessoas não precisem ir à cidade, para além de uma estrutura que vai receber a Cimeira dos Presidentes de Câmara do Norte de Cabo Verde.
Localizada na Ribeira de Julião, no espaço ontem tradicionalmente acontecem as festas de São João, coube ao vereador Albertino Graça apresentar a estrutura, orçada em sete mil contos. É constituída por cinco naves, que o autarca apelida de oásis: a número 1, que vai receber a abertura do fórum, e as 2 a 4 as discussões dos temas e painéis. “Temos também uma nave maior destinada às refeições, um serviço de bar permanente, gabinetes de imprensa e fotocopias e instalações sanitárias. E ainda uma nave que, durante o fórum, vai acolher uma cimeira dos presidentes das Câmaras Municipais do Norte, que vão discutir o futuro do país do ponto de vista político e administrativo. Ou seja, vão discutir se querem a regionalização, que tipo de regionalização pretendem, se por ilha ou por grupo de ilha.”
Para Albertino Graça, esta cimeira dos autarcas de Santo Antão, São Vicente e São Nicolau tem uma importância extraordinária sendo que, paralelamente, estes vão também receber os embaixadores acreditados no país para explicar-lhes o que se pretende com este fórum e a contribuição que a ilha do Porto Grande pode dar para o desenvolvimento do país. “Para a montagem de toda esta estrutura, estamos a falar de um orçamento de sete mil contos. Já o fórum no geral não deve ultrapassar os 12 mil contos”, pontua este autarca, que justifica a decisão de arcar com estes custos em tempos de crise e de contenção com a necessidade de se fazer diferente e alterar paradigmas.
Por outro lado, afirma, seria impossível encontrar um espaço dentro da cidade com condições de acolher este fórum no formato pretendido, acomodar os cerca de 80 temas elencados, numa base de 10 por dia. “Também não conseguiríamos manter os participantes dentro do espaço por dois dias consecutivos”, constata Graça, que acredita que o certame vai transcender este mandato. “É verdade que outro elenco camarário poderá não ter a mesma visão que estamos a apresentar agora sobre este Fórum Pensar S. Vicente 2035. Mas vai ficar um trabalho. Ainda temos dois anos de mandato e penso que este fórum será um arranque. Depois iremos fazer um ´follow up` ainda por dois anos, que vai determinar se os próximos elencos poderão ou não aderir a esta ideia de desenvolvimento de SV.”
Relativamente à segurança sanitária dos participantes por causa da Covid-19, o vereador garante que está assegurada porquanto o espaço é aceitável. São cerca de dois hectares de terreno para 200 pessoas que, afirma, vão tentar encontrar os caminhos do desenvolvimento de São Vicente. Já sobre o timmig, 2035, considerado longo, Graça lembra que o principal projecto de desenvolvimento da ilha, a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente tem um tempo de implementação de 15 anos, ou seja 2037, dois anos após a implementação das recomendações do fórum.