Passou de 40 para cinquenta o número de funcionários do hospital Baptista de Sousa infectados com Covid-19 e que foram, por isso, dispensados do trabalho. Segundo Ana Brito, directora do estabelecimento público, há uma tendência generalizada de aumento da infeção pelo coronavírus em S. Vicente, concelho que tem neste momento 1.313 activos, e que acaba por apanhar toda a gente, inclusive o pessoal do sector hospitalar.
“Tal como outras pessoas têm a sua vida social, que inclui contacto com amigos e familiares, alguns destes vindos do exterior”, frisa a médica, que voltou esta manhã a pedir às pessoas com fracos sintomas de gripe, típicos da Covid-19, para se isolarem em casa e evitarem procurar os serviços de urgência sem necessidade. Para ela, a alta procura que se regista nos últimos dias do banco de urgência, além de sobrecarregar o atendimento de casos realmente urgentes, intensifica a possibilidade de contágio entre os utentes.
O aumento de profissionais infectados piorou ainda mais a capacidade de resposta do hospital às várias demandas, lembrando Ana Brito que a estrutura atende casos relacionados com Covid-19 e outras doenças. Por conta disso, adianta, os trabalhadores estão por estes dias sujeitos a uma maior pressão.
Para diminuir a sobrecarga, Ana Brito volta a apelar aos utentes para estabelecerem contacto com centros de saúde existentes em S. Vicente, através dos seguintes números: Bela Vista (231 4550), Chã de Alecrim (231 9299), Craquinha (232 9896), Fonte Inês (231 7932), Monte Sossego (232 3758 e Ribeirinha (232 2857).
As pessoas, lembra a clínica, podem recorrer ao hospital, mas se possível após contacto com a Linha Verde 800 11 12 ou com um Centro de Saúde, se tiverem febre mais de 5 dias, aumento da frequência da febre após 3 dias, falta de ar, dor no peito.