O presidente da Câmara Municipal de São Vicente assumiu hoje que a saúde deve estar em primeiro lugar e que concorda com a decisão do Governo de declarar a situação de contigência no país e proibir festas populares na via pública devido ao aumento dos casos de Covid-19. Daí, disse à agência Inforpress, ter cancelado o tradicional baile na Rua de Lisboa, que teria como cabeça-de-cartaz o artista Djodje e ainda a actuação do grupo Cabo Verde Show.
Em declarações à Inforpress na manhã de hoje, Neves deixou claro que a CMSV preparou o seu programa de actividades ciente de que tudo iria depender da evolução da pandemia. Embora o quadro sanitário em S. Vicente não seja tão preocupante como noutras ilhas, diz Neves, todos devem respeitar as decisões e agir juntos no combate à propagação da doença. “E é porque todos têm de estar juntos para combatermos esta pandemia que a câmara tomou a decisão de cancelar as actividades previstas, como o baile e o fogo-de-artifício”, assegura o edil, que lamentou no entanto o ocorrido porque “muitas pessoas estavam à espera dessa festa popular”. Lembra, no entanto, que “há mais anos” e “de certeza” que a autarquia irá preparar-se melhor para os próximos anos.
“A saúde em primeiro lugar, somos um parceiro do Governo, da Delegacia de Saúde e de todas as estruturas sanitárias, e obviamente que teríamos que colaborar, cooperar e juntos seguirmos neste combate para debelar a pandemia”, enfatizou Neves. Na sua perspectiva, a situação da Covid-19 “não é tão alarmante”, mas entende que “mais vale prevenir do que remediar” devido aos custos provocados pela pandemia. O autarca assegurou, deste modo, que a CMSV vai colaborar com o Governo para que o país não venha a cair na linha vermelha.
Sobre o Carnaval, adianta a Inforpress, Neves assegurou que vai discutir o assunto com os grupos e acompanhar a evolução sanitária nos próximos dois meses. O edil adianta que os grupos já estão a trabalhar e acha que devem continuar nesse sentido. Segundo Neves, se as condições forem propícias haverá o desfile do Carnaval; se o quadro sanitário for desfavorável, e houver indicação do Governo, o evento será cancelado. “Assim como a câmara está a colaborar, todos os munícipes devem fazê-lo, redobrando os cuidados para que possamos entrar no ano 2022 com mais força, saúde e com tudo o que seja necessário para recuperarmos a economia”, recomendou o autarca.