Oliveira e Teixeira interrogados e liberados pela polícia francesa: Jurista vai regressar e entregar a cabeça ao “maldito e criminoso STJ”
A policia francesa interrogou ontem Amadeu Oliveira e Arlindo Teixeira durante várias horas, após uma equipa do Corpo Especial de Intervenção ir buscar o jurista e o emigrante com um grande aparato ao hotel Bastille, onde estavam hospedados. Segundo o advogado, depois de esclarecida a situação foram liberados para circularem à vontade e contando com a segurança das autoridades policiais de Paris, caso for preciso.
Numa mensagem remetida ao Mindelinsite, Oliveira disse que estava a aguardar apenas a entrega de um documento para provar que estiveram no Comissariat General de Paris para depois seguir viagem com Arlindo Teixeira para a fronteira entre França e Luxemburgo, rumo a Moselle. Nesta cidade, conta, estão os restos mortais dos pais de Arlindo Teixeira. “Eu prometi aos pais de Arlindo Teixeira, quando ainda estavam vivos, que haveria de tirar o seu filho da cadeia e devolver-lhe à família. Infelizmente ambos os pais acabaram por falecer e agora vou entregar o filho perante os seus restos mortais”, conta Oliveira.
Para ele, isto acontece “tarde, muito tarde”, mas enfatiza que está a cumprir a palavra dada com cinco anos e 10 meses de atraso, que é o tempo decorrido desde que o emigrante foi preso em Santo Antão – 31 de julho de 2018. Oliveira conta enviar fotos ainda hoje da “entrega” de Teixeira aos irmãos e aos restos mortais do pai e da mãe para provar que não deixou o emigrante suicidar ou morrer em Cabo Verde.
“Depois disso vou dormir 48 horas seguidas para recuperar do desgaste fisico e psicológico, antes de apanhar o primeiro avião que houver de regresso à Lisboa”, frisa o advogado. Logo de seguida, prossegue, viajará para a cidade da Praia para ir entregar a cabeça naquele “maldito e criminoso Supremo Tribunal de Justiça de Cabo Verde” e ir prestar esclarecimentos ao presidente da Assembleia Nacional e ao líder da UCID.