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Surtos de “fungo negro” e “fungo branco” atingem pacientes com Covid-19 na Índia

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A Índia está a enfrentar uma nova “epidemia” em cima da pandemia da Covid-19. Autoridades sanitárias têm relatado o surgimento de infeções fúngicas em pacientes afectados pelo coronavírus Sars-Cov-2 e em fase de recuperação o que já levou o Ministério da Saúde do país a pedir às empresas farmacêuticas que aumentem a produção e distribuição de medicamentos antifúngicos.

Depois de uma vaga de infeção com “fungo preto” – que se propaga pelo corpo destruindo pele, músculos, ossos e órgãos – agora foi relatado casos com o “fungo branco”, que é mais perigoso. Conforme o Globo.com, a mucormicose – provocada pelo fungo preto – tem provocado a mutilação dos pacientes na sequência de operações cirúrgicas nos casos mais graves, incluindo a retirada de olhos e parte do rosto.

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A situação ficou pior com a descoberta de pacientes afectados pelo “fungo branco” em Ghaziabad, uma cidade no norte do estado de Uttar Pradesh, onde sete pessoas com coronavírus em fase de recuperação foram diagnosticadas com aspergilose invasiva, uma forma grave de infecção por esse fungo. Casos semelhantes foram detectados em cidades nos Estados de Gujarat, Maharashtra e Bihar.

As infecções por “fungo branco” são consideradas por especialistas em saúde como mais perigosas do que as por “fungo negro”, estas chamadas de mucormicose. As infecções por “fungo branco” são “perigosas e podem afetar muitas partes do corpo, incluindo pulmões, unhas, pele, estômago, rins, cérebro e boca”, aponta BP Tyagi, um cirurgião otorrinolaringologista de Ghaziabad. “Três dos nossos 26 pacientes desenvolveram ambos os tipos de infecções fúngicas. As infecções se desenvolvem no estágio pós-covid de recuperação”, acrescentou o médico citado pela DW.

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Os casos de “fungo branco” relatados em todo o país ocorrem após infecções por “fungo negro” serem declaradas uma epidemia em seis estados indianos, com milhares de infecções detectadas entre pacientes em recuperação do coronavírus. Quase 9 mil casos de infecções por “fungo negro” foram relatados até agora. De acordo com dados do governo, mais de 250 pessoas morreram das infecções em toda a Índia. As novas infecções fúngicas também surgem em meio à escassez de anfotericina B, um antifúngico crucial no tratamento da enfermidade.

As infecções por “fungo branco” são assim chamadas devido as feridas de coloração branca que ocorrem nos pacientes acometidos pela doença. As feridas afetam o esôfago e causam dificuldade na deglutição de alimentos. Manchas brancas também são comumente encontradas na boca.

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Grupos de risco incluem pacientes imunocomprometidos, diabéticos, pacientes com câncer e pessoas submetidas a transplantes de órgãos. As infecções fúngicas podem ser causadas por fungos presentes no ambiente, equipamentos médicos esterilizados de maneira inadequada e falta de higiene pessoal.

C/Globo.com e DW.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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