O Procurador-Geral de Genebra encerrou uma investigação de branqueamento de capitais que vinha decorrendo contra o venezuelano Alex Saab desde 2018, por ausência de provas. A informação foi remetida à redação do Mindelinsite pela equipa de defesa do Representante Permanente Alterno da Venezuela junto da União Africana, que continua a tentar impedir a sua extradição para os Estados Unidos. Segundo o comunicado, o Procurador-Geral de Genebra afirma no seu relatório que não existe nenhum elemento adicional para continuar a investigação sobre branqueamento de capitais por parte de Alex Saab e ficou acordado que o visado seria compensado das custas legais.
“Com base nas conclusões do Procurador-Geral de Genebra e do Tribunal de Justiça da CEDEAO, duas autoridades independentes de grande reputação, a equipa de defesa apela aos Estados Unidos para que ponham termo à sua perseguição judicial politicamente motivada de Alex Saab e à República de Cabo Verde para que cumpra a ordem vinculativa e ordene a sua libertação imediata”, diz o advogado Femi Falana.
Para o gabinete de defesa, as conclusões do Ministério Público de Genebra são um contrapeso importante para as acusações dos EUA, que quer julgar Alex Saab por crimes de lavagem de capitais. No entanto, os defensores têm afirmado insistentemente que o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos a 29 de junho de 2020 é politicamente motivado e baseado em alegações não substanciadas, baseadas em depoimentos de informadores desacreditados.
Desde que Alex Saab foi detido na ilha do Sal, tanto o Governo como o próprio sistema judicial cabo-verdiano têm estado sob fogo cruzado. A equipa de Alex Saab lançou uma forte campanha de defesa e levou o caso ao conhecimento do Tribunal de Justiça da CEDEAO e da Ordem dos Advogados de África, que se posicionaram contra a detenção do diplomata venezuelano.