O consórcio luso-cabo-verdiano constituído pelas empresas Mota Engil – Engenharia e Construções e Empreitel Figueiredo foi o vencedor do concurso para a construção do Terminal de Cruzeiros de São Vicente. A informação é avançada pela Enapor – Portos de Cabo Verde.
Em comunicado, esta empresa pública explica que, tendo obtido a “não-objecção” dos financiadores do projecto, deverá ser assinado nos próximos dias o contrato com o empreiteiro. Orçado em mais de 26 milhões de euros, o prazo estimado de execução da obra é de 22 meses.
“Os trabalhos vão envolver a conquista de um terrapleno denominado ´Ponte Terrestre´, com 2700 m2, a drenagem de aproximadamente 125 mil metros cúbicos na bacia portuária e no canal de acesso e a reabilitação do caís 9, que passará a servir navios de recreio de pequeno porte”, lê-se no comunicado.
Na componente mais importante, prossegue, prevê a construção de um molho de atracação de 400 metros de comprimento com uma profundidade de 11 metros a norte e 9 a sul, uma gare de passageiros com 900 m2 de área e ordenamento exterior com a inclusão de um parque de estacionamento.
“Com este projecto, Mindelo terá um terminal de cruzeiros inovador, moderno e com características técnicas bastante avançadas”, pontua, realçando que 48.500 turistas em viagens de cruzeiro visitaram o país em 2019, número que representa um aumento de 3% face ao ano anterior.
Entretanto, devido a pandemia da Covid-19 o turismo de cruzeiro ficou paralisado, mas alguns países já retomaram a actividade. Espera-se que, com este terminal e a melhoria das condições sanitárias a nível mundial, Cabo verde passe a receber, anualmente, cerca de 200 mil turistas de cruzeiro.
O Terminal de Cruzeiros do Mindelo, recorde-se, é financiado pelo Fundo ORIO dos Países Baixos e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o desenvolvimento internacional.