Inês Freitas Lima, uma menina prodígio de 11 anos residente em Chã de Alecrim, São Vicente, está a emocionar e a cativar internautas com histórias infantis. Começou como uma brincadeira para entreter outras crianças em Cabo Verde e pelo mundo fora durante a quarentena. Inês quer fazer um “live” com outros contadores de histórias, mas também videos de pessoas a fazer teatro e a contar anedotas.
Muito desinibida, esta menina diz que a ideia de contar histórias no Facebook surgiu na sequência de um convite feito por Dulce Sequeira. Assumiu então o compromisso de todas as quintas-feira, às 17h30, contar e explicar um conto infantil. “Escolho um livro, leio e depois conto a história, com as devidas explicações, aos meus seguidores”, explica esta criança que, orgulhosa, diz ter neste momento mais de uma centena de seguidores fiéis nesta plataforma, entre familiares e amigos.
Mas a sua ambição é chegar a mais pessoas, especialmente crianças da sua idade, e não só, que estão nas redes sociais. “As histórias que conto são direccionadas para crianças. Mas tenho adultos como seguidores, nomeadamente a minha mãe, minha madrinha e outros”, relata Inês Lima, que diz ter escolhido o Facebook porque estava-se em quarentena e as pessoas não podiam sair de casa. “Acredito que, nas redes sociais, crianças em outros países também podem acompanhar as histórias.”
Por agora, Inês não faz planos. Quer apenas continuar a vivenciar este momento. Admite, no entanto, que tem algumas ideias a germinar. “Quero desafiar os meus seguidores a também contarem as suas histórias. Podíamos fazer um ‘live’ com muitos contadores de histórias”, pontua Inês, que diz ter começado a contar historias na escola, antes das limitações impostas pela Covid19.
“Tenho muitos livros e sempre gostei de contar histórias, mas não sei onde surgiu esta minha paixão. Então um dia contei uma no Facebook e fui desafiada a continuar”, acrescenta esta menina, sem papas na língua. Em jeito de remate, desafia os utilizadores do Facebook que podem fazer muitas coisas nesta plataforma, e não apenas ficar a ver fotografias, videos e publicações de outras pessoas. “Façam as vossas publicações. Contem histórias, anedotas, façam teatro, videos ou outros”, instiga.
Lidiane Sales (Estagiária)