O embaixador de Cabo Verde acreditado em Lisboa afirmou esta terça-feira que o nosso país tem contribuído de “forma intensa e significativa” para a afirmação da cultura lusófona no mundo e da cultura no espaço lusófono. Eurico Monteiro falava durante uma conferência de imprensa on-line, a partir do Centro Cultural de Cabo Verde, na capital portuguesa, a propósito da atribuição do Prémio Literário Guerra Junqueiro ao escritor e poeta Jorge Carlos Fonseca, também Presidente da Republica, que vai ser entregue no próximo dia 27, sexta-feira, na cidade da Praia.
O embaixador cabo-verdiano em Lisboa congratulou-se pelo facto de a atribuição do Premio Literário Guerra Junqueiro a Jorge Carlos Fonseca decorrer num momento especial e muito significativa para a arte literária em Cabo Verde em que, segundo o diplomata, muitos escritores cabo-verdianos estarem a ser celebrados e reiterados, citando os casos de Arménio Vieira e Germano Almeida, também, premiados recentemente.
“Espero que a nossa contribuição para a cultura no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa vai continuar a ser reforçada no próximo Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, prevista para os dias 07, 08 e 09 de Dezembro”, reiterou o o embaixador de Cabo Verde.
Esta convicção de Eurico Monteiro deriva do facto de estar prevista a apreciação, neste Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, dos princípios estruturantes do projecto de acordo para a mobilidade que foi apresentado por Cabo Verde aos órgãos desta comunidade, com vista a constituição em julho de uma convenção sobre a mobilidade.
Eurico Monteiro entende tratar-se de um passo importante de esbater as fronteira físicas e permitir um contacto mais estreito mais intenso entre pessoas no espaço da CPLP e de que para ele, a cultura terá ali, um tratamento muito especial. No seu dizer, trata-se igualmente de um processo gradual e progressivo que deverá começar por agentes culturais
De acordo com o embaixador, os cabo-verdianos falam e escrevem na língua portuguesa por ser “a nossa língua oficial e por ser a que reflete a nossa historia de convivência e de cumplicidade e, de uma relação intensa com os portugueses, e de ser em boa parte daquilo que nós somos da nossa história e da nossa vivência de um povo de cruzamento de culturas”.
Joao A. do Rosário