O novo coronavírus contaminou o Presidente dos Estados Unidos. Foi o próprio Donald Trump a fazer o anúncio, através da rede social Twitter, após ter revelado que ia fazer o teste, juntamente com a mulher, depois de uma assessora ter sido contagiada com o novo coronavírus.
Trump e a primeira-dama vão ficar isolados na Casa Branca em quarentena. O medico do presidente, Sean Conley, já confirmou estas informações e garantiu que ambos “planeiam permanecer em casa durante a convalescença, sem dizer no entanto se o casal tem sintomas da doença. “A equipa médica da Casa Branca e eu vamos manter uma vigilância, e agradeço o apoio prestado por alguns dos maiores profissionais e instituições médicas do nosso país. Fiquem descansados, espero que o Presidente continue a desempenhar as suas funções sem interrupções durante a recuperação, e manter-vos-ei informados sobre quaisquer desenvolvimentos futuros”, sublinhou numa declaração citada pelo The New York Times.
Com 74 anos, Trump integra um dos grupos de risco da covid-19. Segundo escreve o diário norte-americano, cerca de oito em cada dez mortes atribuídas à doença nos Estados Unidos foram registadas em cidadãos acima dos 65 anos. Em Maio, e apesar dos alertas das autoridades de saúde pública, o Presidente já tinha afirmado que estava a tomar hidroxicloroquina (um medicamento utilizado para tratar a malária e doenças auto-imunes como a artrite reumatóide ou o lúpus) depois de dois funcionários da Casa Branca terem revelado que estavam infectados.
O isolamento poderá condicionar a sua campanha para as presidenciais de 3 de novembro, em que o candidato apoiado pelos republicanos enfrenta o democrata Joe Biden. De referir que este anúncio surge poucos dias depois do primeiro debate televisivo entre os dois e a apenas um mês das eleições. Mas é ainda incerto o impacto desta notícia na campanha eleitoral e nos dois debates que estão agendados para as próximas semanas.
Os EUA são o país do mundo com mais casos confirmados de Covid-19. Mais de sete milhões de pessoas já testaram positivo. Duzentas mil morreram.
C/Agências Internacionais