Um grupo de activistas mindelenses começou a recolher manuais escolares do primeiro ao décimo ano que serão canalizados para os alunos mais carenciados a nível nacional. A ideia, segundo Joana Costa, é mobilizar livros, mas que estes fiquem na ilha onde reside o benfeitor. Aliás, até o momento já houve manifestação de interesse de pessoas residentes no Sal e em Santiago pelo que a iniciativa, intitulada Movimento pela reutilização dos livros escolares, vai ver como levar esses materiais às mãos daqueles que precisam. O ideal, diz Joana Costa, membro deste movimento cívico, seria a criação de pontes em todos os recantos do arquipélago.
Para facilitar os contactos foi criada a página Banco de Livros de Cabo Verde na rede social Facebook onde as pessoas podem fazer pedidos ou então manifestar interesse em doar algum manual. Além disso está disponível o email “bancolivroscv@gmail.com“, um outro canal de contacto.
“O projecto foi lançado a 21 de Setembro, por ser o dia da floresta no Brasil, onde fica a Amazonas, a maior reserva mundial, porque queremos com este gesto ajudar também a preservar o meio ambiente. Cada vez que ofertarmos um livro a outra pessoa estaremos a permitir o seu reaproveitamento e até certo ponto diminuindo a necessidade de cortes de árvores para produção de papel”, diz Joana Costa.
Mais para frente, o grupo pretende estabelecer parcerias com o ministério da Educação e a FICASE e ver como fortalecer esta iniciativa social. A intenção é manter o projecto vivo nos próximos anos, fortalecer esse banco com a sua maior riqueza – os livros. Para o futuro o movimento não descarta a possibilidade de recolher outros materiais, além de manuais.
A campanha teve início a 21 de Setembro mas não tem data para terminar, pelo que quem quiser doar algum material didáctico pode fazê-lo a qualquer momento. O objectivo primordial é tornar a reutilização dos livros escolares uma prática universal em Cabo Verde