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Parede do campo de Chã d’Alecrim ruiu com estrondo, mas sem provocar vítimas

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Ruiu esta tarde uma parede do campo relvado de futebol de Chã d’Alecrim, provocando um grande susto aos transeuntes e moradores dessa área. Várias pessoas afirmam ter ouvido um estrondo e visto uma grande nuvem de fumaça e há quem diga que sentiu a sua casa estremecer no momento da derrocada. 

Inicialmente, quem estava longe pensou que se tratava de uma trovoada, por causa da chuva. Mas depois ficaram estupefactos ao constatar que o barulho foi provocado pela derrocada dessa parede, que ficava no lado norte do campo.

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O incidente não provocou vítimas, mas, segundo Luís Correia, três crianças que estavam em cima da parede conseguiram fugiram antes de serem arrastadas pelas pedras e a terra. Para Josefina, este caso não provocou feridos ou mortes graças a pandemia, e explica: “O campo tem estado encerrado por causa da pandemia, mas, se não fosse isso, certamente que estariam a jogar nesse instante. Além disso, as crianças costumam deslizar na relva com as suas pranchas quando chove. E hoje estariam ali a brincar e nunca se sabe o que poderia acontecer.”

A derrocada, na opinião de Adriano Romualdo e Luís Correia, vem provar que a parede foi mal feita. Na opinião dos dois, tinha que ser construída para resistir ao efeito da água. Segundo Luís Correia, no período da manhã reparou que a parede já começava a dar sinais de ceder. E, na sua análise, isso iria acontecer cedo ou tarde, com ou sem chuva.

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Encontrado no local pela reportagem do Mindelinsite, o vereador José Carlos entende que a derrocada deve ter acontecido por causa da chuva intensa que tem caído desde ontem. “Já falei com a Engª responsável pela obra e vamos fazer uma análise para saber o que se passou. Mas, para mim, é o efeito da chuva”, prognostica o vereador. Questionado se a parede não deveria ser construída para aguentar uma enxurrada, José Carlos enfatiza que há factores que muitas vezes escapam ao controlo, mas sem exemplificar. Devido ao risco que a área representa, esta será sinalizada e rodeada de medidas de segurança para se evitar acidentes com pessoas desprevenidas.

Esta derrocada é o incidente de maior vulto registado em S. Vicente com a queda da chuva. Segundo José Carlos, as coisas têm estado a decorrer na normalidade. Até o momento a Câmara de S. Vicente amparou um sem-abrigo e realojou outras duas famílias cujas casas estão em risco de desabar. 

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Desde ontem à noite que tem chovido em S. Vicente e a precipitação aumentou de intensidade hoje à tarde. Para amanhã está prevista uma chuvada mais forte, pelo que o vereador José Carlos pede mais prudência às pessoas.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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