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Adolescente pega pepino-do-mar na Baía das Gatas e sofre danos ao ser atingida com líquido pegajoso na cara

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Uma adolescente sofreu danos com alguma gravidade no rosto depois de colocar na mão um animal marinho, que se soube mais tarde ser uma espécie de pepino-do-mar. Conforme ela contou à mãe, ficou fascinada com o formato e a cor do “bicho”, que estava numa poça atrás do trampolim da Baía das Gatas, e resolveu vê-lo de perto. Mas, ao trazer a mão para perto da cara, recebeu uma “cuspidela” de um líquido pegajoso que atingiu-lhe o olho, parte da boca e da bochecha do lado esquerdo.

A menina, conforme a mãe Wilma Lino, sentiu um forte ardor na cara e ficou com dificuldades em abrir o olho. Além disso começou a criar borbulhas com alguma dimensão que lhe provocam uma coceira intensa.

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Estado actual do rosto da adolescente

“Isto aconteceu faz três dias, mas a situação continua praticamente igual, apesar de estar a tomar medicação para alergia e anti-inflamatório”, conta Wilma Lino. Conforme esta progenitora, a adolescente ficou com o rosto inflamado e psicologicamente afectada, pelo que aceitou falar com o Mindelinsite para alertar outras pessoas para este e outros riscos que possam correr no mar.

Abordado por este jornal, o mergulhador Guilherme Mascarenhas desconfia que o animal em causa seja um pepino-do-mar juvenil (espécie holothúria lentiginosa) já que, como foi informado, tinha o tamanho de um dedo. A mãe confirmou através da foto usada nesta reportagem que se trata do mesmo pepino, tipo que, segundo Mascarenhas, é facilmente encontrado no mar de Cabo Verde. “As pessoas devem evitar tocar naquilo que veem no mar, ainda mais quando se trata de animais coloridos. Muitas vezes a cor é um aviso de perigo”, alerta.

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Conforme um parecer que este professor universitário obteve de um biólogo, os pepinos-do-mar costumam expelir o trato digestivo para fora para afugentar os predadores e concorrentes. A substância é muito pegajosa porque contém enzimas digestivas.

A menina ainda está lidando com os efeitos do contacto com o pepino-do-mar. A cara continua inflamada, tem dificuldades em ver pelo olho esquerdo e a cara com borbulhas. Esse episódio, conforme a mãe, deixou a adolescente com receio de voltar a nadar, ela que adora o mar. 

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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