O deputado João do Carmo chamou esta manhã a atenção das autoridades marítimas para o nível de segurança que o navio Chiquinho-BL comporta, devido ao facto de usar uma rampa de proa, mas não possuir uma porta-estanque associada a essa zona frontal. Após contactos com diversos técnicos, esse eleito nacional pela lista do PAICV ficou a saber que essa situação pode representar um perigo à navegação do barco, pelo que achou por bem lançar o alerta ao Instituto Marítimo e Portuário sobre esse aspecto.
“De acordo com a convenção SOLAS, há uma recomendação emanada desde 1994, na sequência de um acidente marítimo na Estónia, provocado exactamente por dificuldades de funcionamento da rampa de proa de um navio, e que culminou com mais de 800 mortes”, sublinha João do Carmo, enfatizando que todos os navios Ro-Ro em actividade em Cabo Verde têm a rampa de proa estancada. No caso de Chiquinho é diferente.
João do Carmo, que esteve acompanhado do colega Manuel Inocêncio numa conferência de imprensa, disse ainda estranhar como é possível o Estado de Cabo Verde pagar 400 contos por dia por esse navio adquirido pela companhia CV Interilhas e, no entanto, a embarcação está autorizada a viajar apenas entre S. Vicente e Santo Antão. “Se houver a necessidade de se fazer deslocar o barco à ilha de S. Nicolau, por exemplo, isso não acontece que não esta certificado para viajar para nenhum outro destino”, divulga o referido deputado.
Este lembra que o processo de certificação de Chiquinho foi complexo e trouxe muitas dúvidas. E uma das questões que a seu ver continua a provocar polémica é o facto de o barco ter a parte lateral aberta. Dos contactos com operadores de S. Vicente e de Santo Antão, que usam regularmente essa rota, ficou a saber que têm feito sucessivas reclamações porque as suas viaturas e mercadorias acabam por ficar molhadas durante a viagem.
Focado ainda no sector, esse eleito nacional deixou claro que quer ser esclarecido se há ou não exclusividade do mercado dos transportes marítimos em Cabo Verde. Isto porque, afiança, o armador do “Mar de Canal”, navio que antes assegurava a carreira Porto Grande – Porto Novo, tem interesse em voltar ao activo, depois de fazer a manutenção da embarcação, mas está a enfrentar dificuldades burocráticas nesse sentido. Segundo João do Carmo, a linha entre os dois portos foi sempre suportada por, pelo menos, dois barcos, pelo que quer saber se há neste momento algum impedimento legal para Mar de Canal não voltar a viajar.
KzB
Parece que o deputado João do Carmo ainda não percebeu que “esse navio” não foi “adquirido pela companhia CV Interilhas”. Isso até poderia ser uma vantagem, se pudéssemos mandar o fretador (o dono) levá-lo de volta, substituindo-o por um outro. Mas, infelizmente, vamos ter de “gamá-lo”, pagá-lo, todinho, até ao fim, e depois, continuar a pagar. Mas também não sei por que se espanta com os valores. Eu já tinha dito que o Governo devia estar ciente de que ia ter que abrir os cordões à bolsa “à vontadon”. O deputado ainda não viu nada. A procissão ainda vai no adro. Mas, como diz o velho ditado, “Morte d’ pove ‘n ê sintide”!
Penso que os nossos “deputados”/”políticos” andam a brincar com a nossa inteligência!!!! O caso dos transportes em geral, em Cabo Verde, é um assunto que está no segredo dos “deuses”, pelo que o POVO deve alugar os serviços de um detective privado, como o 007, para descobrir os “segredos” destes tais contratos, não contratos, abertura comercial, não abertura, mas simplesmente “segredos contratuais”!!! Ou então, devemos parar k pasta!!!
Acho que o governo devia levar esse assunto muito a sério. Caso venhamos a ter problemas, que Deus nos livre, os responsáveis deverão ser exemplarmente punidos. A história com o navio Vicente não deve repetir se.
Caso “VENHAMOS A TER” problemas não!!
Porque “JÁ OS TEMOS”, e dos grave.
Então, o naviu entra água por todos os lados ferrujando as viaturas dos clientes, molhando as bagagens e isso não é um problema?
E o governo vai deixando as pessoas penarem nesta linha até o dia em que lhe der na gana de mandar consertar o navio que é novo mas que como está não serve, por erro do governo.
ess barco nao serve para navegar nos mares de caboverde
Os engenheiros navais deveriam escolher os barcos.
Os economistas deveriam tratar do proveito economico dos barcos.
Aqui temos um barco escolhido para economistas num dos oceanos mais dificil para a navegaçao. O seja em nenhum momento foi contemplada na escolha do barco a satisfaçao do cliente e a sua segurança.
Para nao falar do desconforto deste barco onde nao se pode sequer ficar ao ar livre sentados, somos obrigados a permanecer dentro de uma sala acondicionada que elimina toda a beleza e a poesia da viajem para Santo Antao em prol dum luxo plastificado e desconfortavel.
Sugestao de segurança para obvias razoes, sempre antes devem desembarcar os passegeiros e so depois os carros e a mercadoria, o contrario do que esta a acontecer actualmente.
Esta beleza e poesia só será possível se mantivermos o Chiquinho BL na linha ( mas depois de resolvido o problema da entrada de água pelos lados) mas também, do regresso de novo do Mar d’ Canal e do Inter-ilhas a esta linha.
A concorrência só servirá o país.
Mais uma vez o “chiquinho” e para não diferenciar os dois: Manuel Inocêncio e João do Carmo. Não querem largar o osso, na convição de que foi a questão dos transportes que os levou à oposição e que será os transportes a lhes colocar de novo no poder. Pura fantasia! 1.º: foram a oposição porque se impunha que o Paicv fosse fazer uma cura, perante escândalos sucessivos nos fundos do ambiente e rodoviário, do novo banco, do IFH, do 13.ª mês que nunca foi pago, do barco que devia chegar a Cabo Verde que ainda não chegou e que daria volta as ilhas em 24 horas: das barragens furadas e, entre outras, obviamente, os aviões e o vergonhoso escândalo em Holanda mandando sair do avião os passageiros com origem a Cabo Verde por calotice do Governo, cuja pasta estava a cargo do MI. 2.º: pelas divisões internas que ainda subsistem: 3.º: porque a economia estava de rastos. 4.º Por que a liderança do Ulisses trazia uma marca de sucesso: propunha fazer Cabo Verde, a semelhança no que se tinha tornado a cidade da Praia, Um País de sucesso e o tempo que leva a frente do Governo e com os resultados obtidos, confirmam que a razão estava do lado de quem nele confiou: A aposta na Reforma do Sistema de Transportes que o Paicv não conseguiu em 15 anos, foi conseguido pelo Governo do Ulisses em menos de 6 meses…, é um exemplo acabado!
Sinto um enorme desfalecimento e incredulidade quanto às intervenções desta figura política que na procura cega do sensacionalismo ( e oportunismo) político dispara aos sete ventos declarações sobre assuntos que não percebe patavina. A nossa comunicação social não faz o seu TPC na sua (nobre) missão de esclarecer o grande público, quer por motivos de subserviência/subsistência, quer por motivos de alinhamento político que debalde tentam mascarar sob a capa de pseudo-imparcialidade. O Sr. João do Carmo deveria ter consultado um eng.º naval para que este o ajudasse a apresentar o tema de forma minimamente aceitável, começando por mostrar que a estrutura e configuração arquitectónica dos 2 navios a que se refere são totalmente diferentes, daí os efeitos da entrada de água pela rampa de proa na navegação serem diferentes…
Deixo aqui 2 links para que as pessoas possam ter mais alguns subsídios sobre o afundamento do navio Estónia em 1994:
https://pt.qwe.wiki/wiki/MS_Estonia
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/9/29/mundo/15.html
Cmpts,