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Mãe implora por cirurgia para filha menor em sofrimento há cerca de um ano

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Desesperada, e sem ter a quem mais pedir socorro, LL procurou o Mindelinsite para suplicar por uma cirurgia para a filha de três anos em sofrimento. Esta mãe conta que há cerca de um ano a menina teve um sangramento enquanto estava no jardim. Chamada de urgência, levou a criança para o Hospital Baptista de Sousa. Inicialmente pensaram tratar-se de um caso de violação, mas foi logo descartada. Desde então, LL corre atrás dos médicos do HBS, primeiro para consultas, depois para diagnóstico e uma cirurgia, que vem sendo marcada e remarcada sistematicamente. Enquanto isso, o sofrimento da filha só aumenta. 

Segundo LL, o calvário da menor começou no dia 14 de março de 2019. Na altura, a criança tinha três anos e sofreu um sangramento. “Levei a minha filha para a Pediatria do HBS e fomos encaminhados para a Maternidade porque havia uma suspeita de violação, que entretanto foi descartada. Não conseguiram determinar as razões do sangramento, pelo que decidiram aplicar-lhe uma injecção. O sangue parou de cair, mas surgiu uma espécie de bolsa na vagina da minha fila, onde passou a acumular. E a bolsa tem vindo a crescer. Voltei ao hospital e agendaram um cirurgia, que nunca aconteceu.”

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Desde então, prossegue tenta desesperadamente marcar uma data para esta intervenção porque a filha está a sofrer. “A cirurgia já foi marcada e remarcada diversas vezes. Fizemos inúmeras consultas e exames e acabaram por diagnosticar que a minha filha tem as hormonas aceleradas. Não sei se é uma doença, mas sei que a minha menina está a sofrer. A ‘bolsa’ que surgiu na sua vagina coça e tem mau cheiro. Faço de tudo para minimizar o seu sofrimento, mas ela começa a andar com dificuldades e tem vergonha de sair à rua. É algo que incomoda. Fui ao hospital e recomendaram que fizesse a sua higiene apenas com água e que aplicasse uma pomada. Mas continua tudo igual.”

A gota de água que fez “transbordar o copo” foi um novo adiamento da cirurgia. LL diz não entender por quê estão a impor tanto sofrimento a uma criança de apenas três anos, que não entende o que se passa. “Estou eternamente na lista de espera, quando percebo que o problema da minha filha é urgente. A bolsa está a crescer o os incómodos também, inclusive agora ela começou a ter corrimento. A sua médica garante que o corrimento é por causa do seu problema, que acredito que se agrava mais devido a nossa condição económica”, revela esta mulher de 37 anos e mãe de seis filhos. 

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Esta conta que a sua família vive numa casa de lata atrás do Cemitério, o que dificulta a higienização da menor. “Tento fazer a sua higiene de dez em dez minutos, mas não adianta muito. Fui pedir ajuda à Câmara Municipal de São Vicente, mas deram-me apenas uma cesta básica. É claro que preciso de alimentos, mas neste momento a prioridade é a saude da minha filha. Acredito que os médicos têm filhos, então olhem para a minha filha. Estou de mão atadas, mas não quero continuar a ver o seu sofrimento”, desabafa. 

O Mindelinsite abordou a direcção clínica do HBS para expor esta situação e levantar uma série de questões. O director clínico prometeu prestar todos os esclarecimentos, mas pediu um tempo para consultar o processo, pelo que voltaremos ao assunto assim que recebermos as respostas. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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9 Comentários

  1. Espero que as autoridades competentes se consciencializem com a situação da menina é que corra tudo bem.
    Outro ponto que gostaria de focar aqui é porquê uma pessoa sem condições tem a irresponsabilidade de ter SEIS FILHOS, será que as pessoas são tão inconsequentes a esse nível, penso que existe métodos contraceptivos de graça e planeamento familiar também. Depois nessas situações quem sofre são as crianças, que precisam muito mais do que a garantia de três refeições ao dia, quando é possível, enfim isso só serve para aumentar a pobreza nesse país. Isso me deixa mesmo triste, pois não ê esse Cabo Verde que quero ver!
    Não vale a pena encherem-se de filhos e depois esperar que o estado alimente toda a gente.
    Vamos ter consciência pelo amor de Deus!

  2. Mas se ela confirma que o diagnostico é a filha ter um desenvolvimento harmonal invulgar, a medicina não vai conseguir atrasar o crescimento hormonal da filha logo pra que esse alarido. Ela deve é procurar um pedo-psicologo para acompanhar a filha que ainda nao entende disso poder ser seguida. Esse sangramento que ela fala é nada mais nada menos que “MENSTRUAÇÃO”! Nisso ela terá que viver com o desenvolvimento hormonal acelerado da filha. Se fosse um desenvolvimento anormal do QI, ela iria culpar o HBS por a filha ser um génio? Quanto a tal “bolsa” (??????) que ela fala, porquê não leva a filha a uma consulta ginecológico??? É muita gana di parci ki nhos teni e jornais sa ta djuda nesse sentido. Noticia boa não publicam.

  3. É uma família vítima da pobreza desse País. Ela precisa ser ajudada, em primeiro lugar pelas instituições, em particular pela Câmara Municipal que lhe deve ajudar a resolver o problema habitacional. Não é uma despesa mas sim, um investmento na pessoa humana.Se o país não tem recursos médicos para resolver o caso, a criança deve ser evacuada para o exterior.

  4. Cred Deus a de abençoa bo filha e que tud te fca dret e pe alguns ek ale e comenta asneira pensa sbo tava gosta de oia bo filha te sofre cred kt coração po ne cabeça um criança 3 anos e praticamente um bebe ainda.

  5. Família vítima da pobreza, somos todos, uns mais do que outros. Muitos filhos sr complicado? então não conhece sua terra; isso é coisa mais banal que existe por aqui e, muitas vezes, cada filho, um pai. Consequências? Inimagináveis; nenhum pai dá nada ao filho, porque não vai sustentar filhos doutro homem. E a pobreza aumentando +e+.
    Em relação ao sofrimento desta criança, os médicos tem de fazer todo o possivel para dar ATENÇÃO à criança, seja de q forma for.
    Esta situação não deve ser única e, o culpado, são os governos JMN/Ulisses, junto com os deputados que andam por aí com vontade de aparecer casos como o dos pescadores de S.Pedro/Fogo/S.Antão/Convid19, para poderem vir dar SHOW, distribuindo esmolas à população e, das esmolas, sempre aparece alguém que sai muito bem parado.
    Se estes governos trabalhassem, pensando no bem estar dos cabo-verdianos, CRIARIAM um FUNDO, especialmente para estes tipos de EMERGÊNCIAS; enquanto temos estas situações como a desta criança, temos INPS que seria a intituíção ideal para criar e dirigir esse FUNDO, mas, este se dedica a outros tipos de comércio, como comprar acções nas diversas instituíções bancárias e outros, deixando pessoas com este tipo de sofrimentos, inclusive seus próprios utentes.
    Cabo Verde precisa é de CRIAR UM FUNDO PARA EMERGÊNCIAS, an invés de estar por aí gastando milionadas em ajudas de custo, inaugurações, etc.

  6. Complicado melhor o estado alimentar as crianças do que esses políticos coruptos meteram o dinheiro no bolso quem sabe estás crianças não ajudam futuramente a contruir um futuro melhor.
    Fica a dica

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