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Covid-19: HBS adopta atendimento diferenciado de doentes crónicos para diminuir idas à urgência

O hospital Baptista de Sousa estabeleceu um plano de acção para evitar ao máximo a ida dos doentes crónicos ao banco de urgência desse estabelecimento de saúde enquanto durar a ameaça de contágio pelo novo coronavírus. Há cerca de duas semanas que o banco central de consultas desse estabelecimento passou a dar prioridade a pacientes com diabetes, hipertensão e outras enfermidades, que precisam ser seguidos com frequência, de modo a evitar o agravamento do quadro clínico e provocar uma ida de emergência ao hospital. Logo, a estratégia envolve pacientes de todas as especialidades, incluindo as grávidas de risco, pessoal em tratamento ortopédico, etc.

Segundo o cardiologista Fernando Lopes, o HBS dispõe de uma lista dos doentes, que são contactados telefonicamente e informados do horário das consultas. Em paralelo é feito um acompanhamento à distância dos pacientes em casa para se saber se precisam de algum atendimento urgente. 

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“Chamamos os doentes prioritários que precisam de análises mensais para consultas semanais. Nós é que marcamos as consultas, o raio-x, etc., e depositamos as receitas na farmácia indicada pelo paciente para levantamento dos medicamentos”, informa Fernando Lopes, acrescentando que cada médico acompanha em média 2 a 3 pessoas e são respeitadas as regras de distanciamento.

Este sistema estará a aliviar a carga de serviço no banco de urgência do HBS, embora o médico não tenha revelado os números comparativos de atendimento. Para Fernando Lopes, este facto pode estar relacionado com o receio das pessoas de contrair o Covid-19 e com um controlo maior da toma dos medicamentos. Lembra que por estes dias os familiares dos doentes crónicos passaram a ficar em casa e podem controlar melhor esse aspecto. “A maior parte das pessoas nessas situações que procura a urgência não toma os medicamentos tal como prescrito”, frisa o cardiologista, acentuando que o acompanhamento dos pacientes é também feito pelos centros de saúde.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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