USV junta-se à manifestação de 13 de Janeiro e apela à participação em massa dos trabalhadores
Os dirigentes, delegados e activistas de São Vicente votaram favoravelmente e lançaram um forte apelo à participação, pessoal e activa, de todos os trabalhadores e seus familiares na manifestação nacional do dia 13 de Janeiro. Esta posição dos sindicatos foi anunciada em conferencia de imprensa proferida na tarde desta sexta-feira na cidade do Mindelo, na sequência da realização de uma Assembleia-Geral realizada no passado dia 20 de Dezembro. Para o sindicalista Eduardo Fortes os trabalhadores precisam despir as camisolas dos partidos e passar a defender os seus interesses.
A AG de dirigentes, delegados e activistas sindicais foi, segundo Tomas Aquino, muito concorrida e nela foram abordadas dois temas: a situação laboral no pais e a proposta da realização da manifestação e a crise interna na UNTC-CS e a recente queixa apresentada contra a União dos Sindicatos de São Vicente pela Secretaria-Geral desta Central Sindical.
Relativamente ao primeiro ponto, diz, neste momento reina um clima de medo nos locais de trabalho, a que se junta uma elevada taxa de desemprego, sobretudo na camada jovem. “Há uma enorme precariedade laboral, traduzida, nomeadamente, na generalização e massificação dos contratos a prazo, tendo no sector privado, como na Administração Pública, bem como a pratica de salários baixos, sobretudo no sector da segurança privada.”
Tomas Aquino denuncia ainda o congelamento dos salários na AP, com consequente perda do poder de compra dos trabalhadores deste sector, bem como dos do sector privado, excessiva carga fiscal sobre os por conta de outrem; promoções, reclassificamos e reenquadramentos por fazer em vários ministérios; prevalência de injustiça em relação aos marítimos; despedimentos ilegais e abusivos, excessiva morosidade da justiça, de entre muitos outros.
A situação torna-se insustentável porque, pontua, as instancias do trabalho – Direção e Inspecção Geral do trabalho – funcionam de forma deficiente ou não existem em alguns ilhas onde a sua presença se faz urgente, caso de Boa Vista, Santo Antão e Fogo. Por outro lado, as greves são impedidos através de requisições civis. “Há uma redução e recusa até dos direitos no âmbito da Previdência Social, como as evacuações, tanto internas como para Portugal, e a não comparticipação do INPS em TAC e consultas de Estomatologia.”
Por estas e outras razoes a Assembleia Geral de dirigentes, delegados e actividades decidiu, por unanimidade, votar favoravelmente à realização da manifestação nacional e lançou, ao mesmo tempo, um apelo a todos os trabalhadores de S. Vicente no sentido de participarem e levarem os seus familiares. Decidiu ainda convidar todos os sindicatos não filiados na UNTC-CS, bem como organizações da sociedade civil a se associarem a esta manifestação.
Constânça de Pina
Antes de 2016, nenhum destes problemas existiam. São todas novas questões. Quem já disse tudo isso no Parlamento de Cabo Verde ? Sim, acertou, Janira Almada, Presidente do PAICV. Nenhum país do Mundo serviria para esta gente de S.Vicente. Até sofrem as dores da Ilha do Fogo.
Infelismente as manobras do centralismo conduziu este pais para uma situação de egoismo tal, em que nenhuma ilha já quer sentir nem se preocupar com as dores das outras ilhas.
Ou seja, o centralismo está a conduzir-nos para uma sociedade de selvagens.
Cada um por si.
E é isto que Praia quer para poder dominar e fazer diabo ao quatro das outras ilhas.