Vincent Lambert está preso a uma cama de hospital há mais de uma década. Um acidente deixou-o tetraplégico e mergulhou-o num coma profundo do qual nunca mais saiu.
O seu caso tornou-se um símbolo da luta pelo direito à eutanásia em França, que se reacendeu nas últimas semanas, depois de os médicos terem decidido desligar as máquinas que o mantêm vivo contra a vontade de parte da família.
A Lei francesa não permite a eutanásia, mas determina que os cuidados médicos “não devem ser prolongados com obstinação irrazoável”. Desde 2011 que os médicos dizem que o coma de Vincent é irreversível.
A batalha arrastou-se nos tribunais durante anos, com a Justiça a dar razão à mulher e aos cinco irmãos e um sobrinho de Vincent que defendem que as máquinas devem ser desligadas.
Os pais e outra irmã opõem-se, mas os sucessivos apelos aos tribunais, incluindo o Tribunal Europeus dos Direitos Humanos, foram recusados, com os juízes a determinarem que a última decisão cabe aos médicos.
Estes já anunciaram que vão desligar as máquinas na próxima semana.
C/Cmjornal.pt