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Cerca de 500 pessoas retiradas de casa por causa de barragem no Brasil

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Cerca de 500 pessoas foram retiradas das suas casas, em Barão de Cocais, uma cidade da região de Minas Gerais no Brasil. Em causa está uma medida de prevenção relacionada com a barragem da mina Gongo Seco, gerida pela Vale — a mesma empresa responsável pela barragem de Brumadinho, cujo rebentamento em Janeiro provocou a morte a pelo menos 157 pessoas.

A informação foi confirmada pela autarquia de Barão de Cocais, que informou que a Agência Nacional de Mineração determinou a retirada dos habitantes das comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras durante a madrugada desta sexta-feira. No local podiam ouvir-se sirenes, segundo informa o jornal Globo.

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 A Vale, empresa responsável pela gestão da barragem, explica que se trata de uma medida preventiva, depois de a empresa de consultoria Walm ter negado dar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura. “Como medida de segurança, a Vale está a intensificar as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detetar movimentações milimétricas na estrutura”, informou a empresa. A avaliação da Agência Nacional de Mineração, da Defesa Civil do Estado, do município e da própria Vale levou a que fosse acionado o nível de risco 2 para a barragem. No próximo domingo será feita uma nova avaliação.

A barragem em causa faz parte do conjunto de 10 barragens que a Vale pretende eliminar na sequência da tragédia de Brumadinho, segundo explica a Globo. A infraestrutura foi construída pelo método de “alteamento a montante”, que está considerado ultrapassado e pouco seguro, e que foi usado tanto na barragem de Brumadinho como na de Mariana, que se rompeu em 2015.

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A revista Veja acrescentou ainda na quinta-feira ter descoberto que a Vale realizou detonações em Brumadinho, antes do desastre, contrariando as recomendações da empresa que fazia inspeções de segurança à barragem.

C/Observador.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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